A etimologia da palavra "comunicação" nos remete às suas raízes latinas, derivando de communicatio e do verbo communicare, que significa “dividir” ou “compartilhar”. Proveniente de communis, que denota aquilo que é "comum" ou "partilhado", o termo revela sua essência intrínseca: transformar o individual em coletivo, o privado em público. Essa origem reforça a ideia de que a verdadeira força da comunicação está em tornar conhecimentos, experiências e emoções acessíveis e partilhados, criando pontes que conectam pessoas, histórias e ideias, e, consequentemente, moldando realidades e impulsionando mudanças sociais.
Assim, em um mundo onde os fatos circulam com velocidade sem precedentes, a imprensa segue desempenhando um papel essencial na comunicação: não apenas divulgar fatos, mas contextualizá-los, torná-los compreensíveis e acessíveis para que a sociedade possa agir com consciência e discernimento.
Uma imprensa livre e comprometida com a verdade fortalece a democracia, pois, ao garantir que diferentes vozes sejam ouvidas e que temas relevantes cheguem ao conhecimento do público, ela se torna um instrumento de transparência e de controle social. Justamente por essa razão, ao longo da minha trajetória na advocacia e na gestão pública, sempre valorizei o papel da comunicação, sobretudo pelo seu papel na construção de políticas mais justas e eficientes.
Como Secretário de Estado da Justiça e Cidadania e na administração municipal da Justiça, presenciei como uma imprensa atuante pode dar visibilidade a questões que muitas vezes ficariam restritas, conscientizando a população de seus direitos, ampliando o conhecimento sobre políticas públicas e programas até então desconhecidos por grande parte da população, por exemplo.
Na advocacia, notei o importante papel da comunicação em dar voz aos anseios e clamores da sociedade, uma ferramenta essencial que influencia, inclusive, a alteração de legislações – até mesmo aquelas de natureza criminal, como ocorre em casos de grande repercussão midiática.
Nessa toada, o Semanário vem cumprindo essa missão há anos, trazendo à tona debates importantes e aproximando as pessoas dos fatos que realmente importam. Em tempos de excesso de informação – nem sempre confiáveis –, contar com veículos comprometidos com a verdade é uma necessidade.
Fernando José da Costa
Advogado criminalista. Coordenador do curso de Direito da FAAP. Presidente do Lide Justiça. Conselheiro do INAC e INECRIPTO. Mestre e Doutor em Direito Penal. Ex-Secretário da Justiça e Cidadania do Estado de São Paulo, ex-Presidente da Fundação CASA e ex-Secretário Municipal da Justiça da Cidade de São Paulo. Autor de inúmeros livros e artigos jurídicos.
Comentários: