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Terça-feira, 25 de Novembro 2025

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AME+ZN: A união que promete transformar a Zona Norte em um novo polo de desenvolvimento

Movimento apartidário quer romper décadas de estagnação e dar voz à comunidade na construção de um novo ciclo de desenvolvimento para a região.

AME+ZN: A união que promete transformar a Zona Norte em um novo polo de desenvolvimento
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Na noite da última quarta-feira (5), a Zona Norte de São Paulo se tornou palco de um encontro que promete unir forças em nome de um objetivo comum: o desenvolvimento da região. O evento marcou o nascimento do movimento AME+ZN, iniciativa apartidária que busca fortalecer o diálogo entre empresários, lideranças comunitárias e o poder público.

A proposta é clara, e ambiciosa, transformar o amor pela Zona Norte em ações concretas que melhorem a vida de quem vive e trabalha aqui.

O encontro, realizado em clima de otimismo e pertencimento, reuniu o subprefeito de Santana/Tucuruvi, Magal Guerra, os vereadores Major Palumbo (PP), Gilberto Nascimento (PL), Paulo Frange (MDB) e Ana Carolina (Podemos), que representam a região na Câmara Municipal, além de empresários e moradores engajados em construir um futuro mais próspero para a ZN.

O anfitrião, Celso Carlos Fernandes, em sua abertura, definiu um sentimento coletivo com uma frase, que ecoou ao ouvido de todos os presentes durante todo o evento, “Amar a Zona Norte é mais que viver e trabalhar aqui, é fazer sua transformação para um futuro cada vez melhor.”

Um movimento que nasce da união e da necessidade

A AME+ZN surge de um grupo de dez empresários e líderes locais que decidiram transformar o amor pela região em atitude. “Às vezes todos fazem o melhor para a região, mas de forma isolada. É um momento histórico. Resolvemos nos unir em um propósito”, contou Celso Fernandes. O objetivo, segundo ele, é romper décadas de estagnação, já que a Zona Norte não recebe uma grande obra viária há mais de 40 anos. “A Zona Norte precisava disso: da gente se unir”, completou.

O evento também contou com a apresentação do subprefeito de Santana/ Tucuruvi, Magal Guerra, que detalhou projetos de melhorias urbanas, incluindo a criação de um novo piscinão, reformulação de vias e o prolongamento da Avenida Brás Leme, um desejo antigo da população. Além disso, o público pôde conhecer o projeto “Cidade Futura”, do Grupo Center Norte, e planos de desenvolvimento para o Campo de Marte, o Distrito Anhembi e o futuro Hospital Santana.

O diretor da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Antonio Carlos Stéfano, foi direto ao ponto: sem mobilidade, não há progresso.

“O grande objetivo é trazer obras que facilitem a mobilidade urbana na região. Muitos empresários vão participar, mostrando interesse em investir e desenvolver projetos aqui.”

Stéfano destacou que infraestrutura é o alicerce para qualquer investimento sustentável, “se você vai instalar um hotel, abrir uma escola ou até mesmo um aeroporto, precisa ter como chegar até ele”. Por isso, a associação busca alinhar esforços com o poder público. “O objetivo é trazer um grupo de vereadores que se comprometa a destinar verbas e viabilizar as obras que estudamos. O prefeito já fez um projeto; agora é definir prioridades e dar continuidade”, explicou.

A ACSP promete usar sua influência e canais de comunicação, jornais de bairro, blogs e redes sociais, para aproximar os empresários e a comunidade, “temos que chegar no pequeno, no médio, no miolo da Zona Norte, nas franjas que mais serão beneficiadas.”

A sensação entre os empresários era de esperança cautelosa, mas com energia inédita. David Fernandes, da Ótica Voluntários, destacou que a união é o primeiro passo para destravar décadas de atraso, “a Zona Norte, por muito tempo, faltaram investimentos de grande porte. Viemos hoje, através de empresários e moradores, bater um papo com os vereadores da região para incluir, no orçamento agora em novembro, obras de infraestrutura de grande porte”.

Para ele, a continuidade da Brás Leme simboliza essa retomada, “nosso grupo é apolítico, mas busca atrair investimentos. Existem grandes empreendimentos privados no Campo de Marte, Anhembi e Center Norte. Agora é hora de o município fazer sua parte”.

Já Fábio Grotti, CEO da Douglas Pneus, reforçou a importância do autoconhecimento regional:

“A Zona Norte precisa se conhecer. O network é relevante. A região foi relegada a segundo plano, mas estamos em um momento de iluminação para aproveitar investimentos públicos e privados”.

Grotti lembrou que mobilidade, saúde e segurança são demandas históricas, “os vereadores devem direcionar parte de suas verbas parlamentares para cá. Precisamos que o Executivo também traga investimentos. O papel é esse: mobilizar e agir”.

Para o comandante Nicotari, do 9º Batalhão da Polícia Militar, a transformação da Zona Norte não é apenas estrutural, é também social, “quando uma sociedade tem qualidade de vida, é porque por trás existem pessoas, sinergia entre órgãos, responsabilidade e ação. Esse momento é importante para trazer melhorias reais à comunidade”.

Nicotari ressaltou a importância da aproximação entre população e instituições públicas, criando uma “via de mão dupla”: “Pedimos que as pessoas procurem não só os batalhões, mas também companhias e comandantes, trazendo demandas sociais e policiais. Precisamos enxergar além dos números”.

O subprefeito Magal Guerra compartilhou visão semelhante, “a região tem orgulho de viver aqui. O morador da Zona Norte quer limpeza, organização e segurança. A infraestrutura, porém, não acompanhou o crescimento. Precisamos unir forças com associações e empresários para corrigir isso”.

Segundo ele, a Subprefeitura atuará como ponte entre o poder público e as entidades civis, abrindo canais diretos de comunicação, “somos para-raio de demandas. Tudo acontece lá”.

Vozes políticas compromisso e representatividade

Os vereadores presentes destacaram que a força popular é essencial para destravar projetos e garantir recursos orçamentários. O vereador Gilberto Nascimento afirmou nunca ter visto um encontro tão organizado na Zona Norte, “precisamos aproveitar esses momentos. Já vi outras regiões conquistarem muito mais porque se organizaram. Vereadores foram provocados por sociedade e empresários. Isso precisa acontecer aqui também”.

Nascimento reforçou o compromisso de atuar em conjunto com o prefeito Ricardo Nunes e garantiu, “não estamos aqui como concorrentes. A concorrência é na eleição. O que importa agora é o benefício da Zona Norte”.

O vereador Major Palumbo destacou a urgência das obras estruturais, "a Zona Norte tem demandas sérias, mobilidade, macrodrenagem e manutenção básica. Já me comprometi a colocar emendas no orçamento e buscar cerca de R$ 30 milhões para avançar nesses projetos”. Palumbo lembrou que o total das obras previstas ultrapassa R$ 1 bilhão e que a pressão popular pode acelerar o processo, “ainda bem que os empresários se mobilizaram.”

O vereador Paulo Frange foi além, trazendo uma análise técnica, “não existe democracia forte sem participação popular. As demandas da Zona Norte são coerentes e tecnicamente estudadas. Falamos de uma região com 2,2 milhões de habitantes, quase metade concentrada aqui. Precisamos tratar a Zona Norte como uma cidade metropolitana”. Frange listou obras prioritárias, prolongamento da Brás Leme, túneis sob o Tietê e três novos piscinões dimensionados para as próximas cinco décadas. “Nada é improviso. Tudo faz parte do plano do prefeito e da Secretaria de Infraestrutura Urbana.”

Já a vereadora Ana Carolina emocionou o público ao relembrar sua história pessoal na região, “sou nascida e criada aqui. Tenho memórias com o Center Norte desde o nascimento. Nosso compromisso é com quem vive aqui e não sai, mesmo com os desafios. Se formos firmes e unidos, conseguiremos bons resultados”.

Entre os líderes mais experientes, João de Favari, vice-presidente da Associação Comercial de SP, lembrou o longo histórico de luta da entidade, “sou empresário há 55 anos na Zona Norte. Lutamos sempre por melhorias, mas é difícil. Quando conseguimos amizade na Prefeitura, o mandato acaba e tudo recomeça. Precisamos de continuidade”. Favari destacou que a AME+ZN simboliza essa retomada de continuidade, reunindo empresários e poder público em torno de uma meta comum, “se conseguirmos uma grande obra nessa gestão, já será uma vitória”.

Luiz Kechichian, diretor da Imobiliária Mirante, reforçou a importância do planejamento coletivo, “queremos sensibilizar as autoridades. Já temos estudos de áreas críticas: enchentes, avenidas inacabadas, carências estruturais. A iniciativa privada está fazendo sua parte; agora queremos empurrar a pública”.

E o médico dr. Francisco Tortorelli, do Hospital San Paolo, resumiu o sentimento que pairou no auditório, “essa associação congrega pessoas importantes e comprometidas. Isso vai dar força e fazer com que voltem os olhos para a Zona Norte, que está carente. Acho que vai funcionar”.

Guilherme Brito, empresário da região, foi direto em sua fala, reforçando a importância da iniciativa da AME+ZN, e também de como a desunião pode apenas causar atraso nas melhorias, “se não houver união, não há avanço. Depois reclamamos, mas não nos movimentamos. Essa é uma iniciativa importante, que precisa da ação de todos. Temos falta de representatividade e precisamos de ações efetivas. Não podemos mais ser o plano B da cidade”.

O evento contou ainda com a apresentação de empresários sobre seus negócios, como fez o Grupo Center Norte, representado por Ricardo Grimore, que apresentou para todos os presentes o projeto “Cidade Center Norte”, um dos maiores complexos urbanos da Capital, “temos um território de 600 mil m², com um terço já ocupado. Estamos desenvolvendo novos ativos com foco em impacto social, sustentabilidade e urbanismo moderno”. O plano prevê arena multiuso, unidades residenciais, corporativas, escolas e espaços de lazer, tudo dentro de uma proposta ESG. “A expectativa é gerar R$ 10 bilhões anuais em negócios. Queremos deixar um legado para a Zona Norte”, finalizou Grimore.

Um novo capítulo na história da Zona Norte

Mais do que um evento, o nascimento do AME+ZN simboliza um recomeço coletivo. Depois de décadas de invisibilidade, a Zona Norte parece reencontrar sua voz, agora em coro.

Empresários, vereadores, associações e moradores compartilham o mesmo diagnóstico, falta de representatividade, infraestrutura precária e a urgência de união. Mas, pela primeira vez em muito tempo, a sensação é de que as pontes estão sendo construídas, literalmente e simbolicamente, reforçando o lema do AME+ZN, “somente unidos temos força”.

O amor pela Zona Norte, antes silencioso, agora se traduz em propostas, projetos e compromissos.

Como disse Celso Fernandes, encerrando a noite sob aplausos:

“Não é sobre política, é sobre propósito. A Zona Norte merece mais. E chegou a hora de fazermos isso juntos.”

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