A Homeopatia ou Homeoterapia é um método de tratamento medicamentoso que se baseia na lei dos semelhantes. Ela é considerada uma especialidade terapêutica e não parte da medicina alternativa, sendo reconhecida pela Associação Médica Brasileira. Uma pergunta muito frequente por parte do paciente é a formação do médico homeopata. Há necessidade de se fazer um curso de Pós-Graduação lato sensu com duração de três anos. A Homeopatia surgiu em 1796 através de um médico alemão, Samuel Hahnemann que viveu de 1755 a 1843. Hahnemann foi um verdadeiro revolucionário, pois não satisfeito com a medicina da época, passou a viver de traduções de livros, sendo conhecedor de várias línguas; foi quando teve o grande “estalo” e descobriu um novo princípio para as ciências médicas. Hahnemann publicou várias obras de Homeopatia, tendo sido considerado um gênio, combatendo o uso indiscriminado de medicamentos feito em sua época. Formou inúmeros discípulos.
No Brasil, a Homeopatia foi introduzida em 1840 por um grande homeopata francês Benoit Mure que chegou ao Rio de Janeiro no dia 21 de novembro, daí ser esta data comemorada entre nós como o “Dia da Homeopatia”. Atualmente temos inúmeros profissionais médicos, veterinários, dentistas e farmacêuticos homeopatas distribuídos por todo o Brasil. Os conhecimentos dos medicamentos estão cada vez mais ampliados e muitas substâncias estão sendo pesquisadas. Os medicamentos homeopáticos são preparados a partir de produtos dos três reinos da natureza: vegetal, mineral e animal, segundo técnica própria. Os nomes dos medicamentos são escritos em latim, daí certas pessoas os acharem estranhos. O médico homeopata precisa fazer um bom estudo de cada doente, analisando todos os seus sintomas, individualizando cada caso, a fim de encontrar o medicamento adequado.
Por definição
Homeopatia do grego (ὅμοιος + πάθος transliterado hómoios - + páthos = “semelhante” + “doença”) é um termo criado por Christian Friedrich Samuel Hahnemann (1755-1843) para designar uma terapia alternativa que se baseia no princípio similia similibus curantur (“os semelhantes curam-se pelos semelhantes”). Confunde-se-a com a fitoterapia, por conta dos produtos usados em suas formulações, embora ambas tenham corpo ideológico e metodologia essencialmente distintos.
De fato, o tratamento homeopático consiste em fornecer a um paciente sintomático doses extremamente pequenas dos agentes que produzem os mesmos sintomas em pessoas saudáveis, expostas a quantidades maiores. Desse modo, o sistema de cura natural da pessoa seria estimulado a estabelecer uma reação de restauração da saúde por suas próprias forças, de dentro para fora. O medicamento homeopático é preparado em um processo que consiste em diluição sucessiva da substância, sucussão e “dinamização” (ou “potencialização”), em uma série de passos.
Homeopatia não se acha pacificamente inserida como especialidade médica em todos os países. Mesmo aqueles que lhe conferem alguma aceitação oferecem-lhe certas restrições, ou de natureza institucional (as comunidades científico-médicas, os conselhos ou as ordens médicas, etc.) ou de cunho legal (as disposições normativas pertinentes na ordem jurídico-política de cada país). Consideram-se questionáveis, sob a óptica da metodologia científica vigente, tanto o princípio como as técnicas, que deveriam ser provados e aprovados segundo os cânones do método científico moderno. Em particular, citam-se: os altos níveis de diluição (variando de acordo com o medicamento), que conduziriam eventualmente à ineficácia por efetiva inexistência de princípio ativo (os homeopáticos são tão diluidos que, em doses comuns, chega a ser impossível haver uma única molécula do princípio ativo em toda a solução); a escassez de estudos acadêmico-científicos específicos, em particular os que comprovem a eficácia de tal método (sobretudo estudos de duplo-cego); o grande número de estudos científicos ortodoxos com resultados negativos — a concluirem pela ineficácia da homeopatia.
No Brasil, é considerada especialidade médica desde 1980 e é utilizada pelo Sistema Único de Saúde desde 2006, além de ser uma das práticas alternativas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde – OMS.
Generalidades
Homeopatia é considerada uma filosofia (lato sensur) holística, vitalística, pelo fato de interpretar doenças e enfermidades como causadas pelo desequilíbrio ou distúrbio de uma hipotética energia espiritual ou força vital no organismo de quem as apresenta. Desse modo, ela vê tais distúrbios como manifestações em sintomas únicos e bem definidos. Sustenta que a força vital tem o poder de se adaptar a causas internas ou externas. É a “lei da suscetibilidade” homeopática, sob a qual um estado mental negativo pode atrair entidades hipotéticas chamadas “miasmas”, as quais invadem o organismo e produzem os sintomas das doenças. Hahnemann, contudo, rejeitou a ideia de ser a doença “algo separado, uma entidade invasora” e insistiu em que ela é parte de um “todo vital”.
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