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Sexta-feira, 19 de Dezembro 2025

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Como a desigualdade emocional compromete a participação das mulheres na vida pública

Colunista *Aline Teixeira

Como a desigualdade emocional compromete a participação das mulheres na vida pública
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A participação das mulheres na vida pública — seja na política, em cargos de liderança ou em espaços de decisão — é frequentemente analisada a partir de dados formais: número de parlamentares, porcentagem de diretoras, presença nos conselhos. No entanto, existe uma camada anterior que quase nunca entra no debate: a desigualdade emocional.

A saúde mental das mulheres tem impacto direto em sua presença e atuação pública. Quando uma mulher vive sob estresse constante, medo, sobrecarga e insegurança, sua capacidade de participar de espaços coletivos diminui. Isso não é falta de interesse ou desmotivação, é consequência de uma rotina exaustiva que não permite tempo, energia ou tranquilidade mental.

A vida de muitas brasileiras é marcada pela multiplicidade de demandas: trabalho, casa, filhos, estudo, cuidado de familiares, violência cotidiana e falta de apoio institucional. Essa realidade impede que elas tenham disponibilidade emocional para engajar-se em debates políticos, participar de reuniões, ocupar cargos de liderança ou até mesmo acompanhar pautas de interesse coletivo.

Outro ponto relevante é o impacto da violência psicológica. Mulheres que convivem com humilhações, manipulação emocional, assédio e controle tendem a ter sua autoestima minada. Isso afeta diretamente sua autoconfiança e sua percepção de capacidade. Não existe democracia plena quando parte da população vive sob intimidação emocional.

Além disso, a insegurança nas cidades também interfere. Muitas mulheres evitam eventos noturnos, reuniões longas ou deslocamentos que as exponham a riscos. 

Para mudar esse cenário, é necessário expandir o entendimento de políticas de igualdade. Não basta garantir cotas e incentivar candidaturas femininas. É preciso fortalecer a rede de apoio emocional e estrutural que permita que mulheres tenham condições reais de participar.

Sou Aline Teixeira, e acredito que a democracia será mais forte quando as mulheres tiverem condições emocionais e estruturais de participar plenamente dela. Se você também acredita, me acompanhe nas redes sociais @alineteixeira.oficial.

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