A última terça-feira, 2 de dezembro, ficará registrada como uma das noites mais emblemáticas já promovidas pela Zona Norte de São Paulo. A Sala Anchieta I, no Novotel, tornou-se palco de um encontro que reuniu dezenas de autoridades civis, militares, políticas, eclesiásticas e empresariais para celebrar a trajetória pública do ex-presidente da República, Michel Temer, convidado de honra de um jantar que, desde o anúncio, chamou atenção pelo peso institucional e pelo simbolismo.
Não se tratou apenas de uma homenagem. Foi, como muitos participantes definiram ao longo da noite, um marco de integração regional, uma demonstração clara da força social e política da Zona Norte e um novo patamar de atuação do jornal Semanário da Zona Norte, responsável por organizar um dos maiores encontros de autoridades já realizados na região.
Ainda no início do evento, o clima de reconhecimento mútuo tomou conta do ambiente. O secretário de Governo do Estado de São Paulo, Gilberto Kassab, em uma entrevista exclusiva para o jornal, definiu com clareza a relevância do encontro: “Se há algo que é importante para todos aqueles que estão na vida pública é o reconhecimento. E o que o João Carlos do Semanário faz aqui anualmente, que já se tornou tradição, é também uma confraternização e uma integração. É um momento político, onde ele reconhece publicamente todos aqueles que ajudam a cidade, o estado e o país a serem melhores”.
Esse tom de exaltação à importância institucional se repetiu entre autoridades de áreas diversas, da segurança pública ao Judiciário, passando pelo setor empresarial e representantes da sociedade civil. Mas nenhuma fala foi tão aguardada quanto a do próprio homenageado, Michel Temer, recebido aos aplausos pelo público que posteriormente continuou durante toda sua apresentação.
O retorno de Temer à Zona Norte, memória, política e imprensa livre
Em seu discurso, Michel Temer fez questão de relembrar seu vínculo afetivo com a região, onde viveu durante a juventude: “Interessante… vocês estão me proporcionando uma lembrança dos meus 16, 17 anos de idade. Quando vim morar aqui na Rua Condessa Siciliano, no Jardim São Paulo. Fiquei dois anos e meio morando aqui. Por isso digo: sinto-me, se me permitem, um cidadão da Zona Norte”.
A frase, seguida imediatamente por aplausos, marcou um dos momentos mais emocionantes da noite. O público reagiu não apenas ao reencontro afetivo de Temer com a região, mas também à simbologia maior, a presença do ex-presidente ali, diante de autoridades que representam diretamente os pilares da sociedade, segurança, justiça, administração, Forças Armadas, clero e poder político.
Em seguida, Temer fez uma defesa firme e contundente da imprensa brasileira, elogiando o papel desempenhado pelo Semanário. Falou do diretor João Carlos, responsável pela organização do jantar, e lembrou que o texto constitucional não menciona “liberdade de imprensa”, mas sim “liberdade de informação”. Explicou então que, na prática, é a imprensa que torna possível o exercício dessa liberdade. “Quero homenagear a imprensa brasileira por meio do João Carlos. A imprensa é a base da democracia. E o que informa o povo numa democracia é a imprensa. No particular, o jornal do João Carlos”, afirmou, sendo novamente interrompido por aplausos.
Temer ainda aproveitou para relembrar episódios de sua vida pública, reconhecendo a capacidade administrativa e política de Gilberto Kassab, que ocupou duas pastas simultaneamente em seu governo, Comunicações e Ciência e Tecnologia. Em tom descontraído, Temer contou sobre as “pedras atiradas” no início da gestão e o modo como Kassab virou rapidamente o jogo: “Quatro, cinco meses depois, fui lá e ele foi recebido por aplausos. Isso é fruto da capacidade extraordinária de agregação”.
A defesa da pacificação e da liturgia do cargo foi a parte mais forte de seu discurso. Temer lamentou a crescente agressividade no debate público: “Eu vejo vez ou outra autoridades constituídas usando palavras muito ásperas. E o homem público é um exemplo para a sociedade. Uma certa cerimônia é fundamental para o exercício da função pública”. Ao contrário, disse ele, a energia daquele ambiente era “positiva”, transmitindo “paz e tranquilidade”.
Em seguida, fez um reconhecimento raro: “Quando você perde o poder, dizem que o café vai ficando frio. No meu caso, quando vejo esta multidão aqui, percebo que o meu café ainda está quente”. A plateia levantou-se mais uma vez, demonstrando o prestígio que o ex-presidente ainda mantém entre lideranças do estado.
A força do evento, integração entre setores e homenagens marcantes
O evento seguiu com homenagens de autoridades que, ao longo da trajetória pública de Temer, testemunharam diretamente seu impacto em áreas como segurança pública, infraestrutura, economia e relações institucionais.
O secretário estadual de Segurança Urbana, Orlando Morando, falou de forma emocionada, dizendo que quando fala de Temer, não faz um discurso, mas um desabafo. “O Brasil perdeu a chance de ter, por um mandato completo, o equilíbrio, o preparo, a experiência e aquilo que continua faltando no país”, afirmou. Ele lamentou a polarização política e defendeu o legado de Temer, elogiando especialmente a sensatez e o respeito à Constituição: “Espero que aqueles que continuem governando o Brasil possam se inspirar na sua experiência e no seu talento”.
Outro momento de destaque foi a fala do major-brigadeiro Pontirolli, comandante do IV COMAR. Ele recordou seu contato direto com Temer em missões aéreas oficiais e ressaltou uma medida tomada durante o governo do ex-presidente, o decreto que viabilizou a disponibilização permanente de aeronaves da Força Aérea para transporte de órgãos, hoje um dos serviços mais essenciais e elogiados da FAB. “Todos os dias realizamos missões que salvam vidas. Isso é fruto do trabalho deste homem público”.
A homenagem da Sociedade Veteranos de 32, MMDC emocionou o público. O presidente da entidade, Carlos Romagnoli, entregou a Temer uma comenda criada em memória de seu pai, combatente da Revolução de 1932. “É uma responsabilidade enorme entregar essa comenda. E sei que ela será guardada com carinho”, disse ao homenagear o ex-presidente.
O papel do Semanário, articulador, ponte e símbolo da Zona Norte
Se houve algo comum em todas as falas da noite, e foram muitas, foi o reconhecimento ao papel do Semanário da Zona Norte como articulador regional e ponte entre instituições, comunidade e poder público.
O vereador Adilson Amadeu resumiu esse sentimento ao dizer: “O Semanário está de parabéns sempre. Há anos está ao lado da Polícia Militar, da Polícia Civil, do prefeito, do vereador. É um querido que faz valer homenagens para todo o município de São Paulo”.
Da mesma forma, Alexandre Silveira, presidente do IMESC, destacou que eventos assim permitem balanços de ações, melhoram a interlocução entre órgãos e fortalecem a integração entre civis e militares: “A ponte que o Semanário faz é importantíssima”.
O subprefeito de Jaçanã/Tremembé, Alexandre Pires, foi direto: “O João é um baita articulador. Ele consegue trazer sociedade civil, poder público e lideranças para um mesmo ambiente”.
Já o subprefeito de Vila Maria/Vila Guilherme, Beto Godoi, falou sobre o peso de trazer um ex-presidente ao território: “É um jornal muito tradicional. Trazer Michel Temer para nossa região tem muita importância para todos”.
O coronel PM Camilo reforçou: “O João consegue destacar as pessoas, reconhecer quem faz acontecer. E consegue congregar uma quantidade impressionante de autoridades”.
Essa leitura do Semanário como instrumento de união apareceu também na fala do inspetor-superintendente Ferreira, da GCM, que participa dos eventos há quase uma década: “É um evento que agrega autoridades e sociedade. Só o João consegue fazer isso”.
O coronel Cássio, chefe de gabinete da SSP, sintetizou o clima da noite: “Um grande país se faz com grandes líderes e com a união das pessoas. E o jornal tem um grande talento de unir. Às vezes as pessoas estão dispersas, mas vocês as reúnem”.
A noite avançava, e o salão Anchieta I do Novotel parecia respirar uma espécie de solenidade mais profunda, como se o ambiente tivesse consciência exata da importância histórica de reunir tantas vozes, tantas trajetórias e tantas instituições em torno de um mesmo propósito. Era visível como cada autoridade presente percebia que aquele encontro ia além de um jantar, tratava-se de uma celebração simbólica do que a Zona Norte é capaz de construir quando há articulação, reconhecimento mútuo e valorização de sua própria força.
O Semanário, ao promover esse tipo de encontro há tantos anos, consolidou o hábito de unir diferentes esferas da vida pública: prefeitura, estado, forças de segurança, poder judiciário, legislativo municipal, representantes militares, líderes religiosos, instituições de classe, empresários e agentes que atuam diretamente na vida cotidiana das comunidades da região. E isso explicava, em grande parte, o ambiente de naturalidade com que as pessoas interagiam, como se todas já compartilhassem uma mesma história de engajamento pela Zona Norte.
Ao circular entre as mesas, era fácil notar como cada convidado carregava algum vínculo afetivo com a região, para alguns, um vínculo profissional, para outros, institucional, para muitos, um compromisso cívico. Para todos, porém, um denominador comum, reconhecer que a Zona Norte possui uma identidade muito particular.
Isso foi destacado pelo subprefeito de Santana/Tucuruvi, Magal Guerra, que fez questão de ressaltar ao Semanário que “a Zona Norte hoje está sendo enxergada em todos os princípios, em todos os fatos”. Magal complementou dizendo que a região vive um momento de sólida autoestima, restaurantes consolidados, comércio vibrante, investimentos privados estratégicos e uma crescente percepção de que, finalmente, a Zona Norte passa a ser tratada não como um “apêndice” de São Paulo, mas como uma região com vida própria, protagonismo próprio e potencial para influenciar decisões de toda a cidade.
A fala de Magal dialogava diretamente com a reflexão apresentada pelo coronel Cássio Araújo de Freitas, chefe de gabinete da Secretaria de Segurança Pública, que destacou a relevância de momentos como aquele: “um grande país se faz com grandes líderes e com a união das pessoas”. Ele apontou que a maneira como o Semanário reúne empresários, autoridades e representantes de instituições diversas cria um ambiente propício para boas decisões e boas ideias: “é legal que de conversas como essa saiam coisas boas para a Zona Norte”. A sensação marcada por ele ecoava em tantas outras falas, a percepção de que não há desenvolvimento, segurança ou avanço institucional sem diálogo e sem articulação sólida entre quem toma decisões e quem vive a realidade local diariamente.
O desembargador militar Fernando Pereira apresentou outra perspectiva importante ao falar sobre o papel do Semanário na aproximação entre comunidade e autoridades. Ele afirmou que o jornal “vem desenvolvendo um trabalho junto aos órgãos públicos, autoridades políticas, procurando mostrar o que tem de bom na Zona Norte”, ressaltando a importância de demonstrar as potencialidades locais às esferas de poder. A presença massiva de autoridades estaduais e municipais reforçava essa mesma leitura: a Zona Norte tornou-se, pouco a pouco, um polo de articulação, e não apenas um território “receptor” de políticas. Hoje a região produz agendas, articula debates, propõe ideias.
Essa percepção foi reforçada pelo subprefeito de Jaçanã/Tremembé, Alexandre Pires, ao explicar que encontros como esse proporcionam diálogo transversal: “são trocas de informações, trocas de ideias para melhorias não só do bairro, mas da cidade de São Paulo”. Pires destacou o papel de João Carlos como articulador e lembrou que a integração entre setores públicos e sociedade civil é um dos pilares que permitem que regiões inteiras avancem de forma orgânica.
Outra fala que ganhou destaque foi a do secretário de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Marcos da Costa, que reforçou o caráter agregador do Semanário: “É um espaço privilegiado onde as pessoas se sentem felizes, honradas pelo convite”. Ele observou que, nos eventos promovidos pelo jornal, personalidades de diferentes esferas dividem o mesmo ambiente não para disputar protagonismo, mas para reconhecer conquistas e fortalecer vínculos. “Reunir pessoas é um talento que o João tem”, disse. E naquele salão, o talento se tornava quase palpável: cada mesa parecia conversar com outra, cada autoridade cumprimentava três ou quatro pessoas antes de se sentar, cada intervalo era preenchido por apertos de mão, abraços, reencontros.
Quando o diretor executivo do Procon-SP, Luiz Orsatti Filho, foi abordado pelo Semanário, ele reforçou que eventos assim promovem “uma conjunção de esforços para que haja uma sociedade melhor”. Sua fala, que refletia um tom mais institucional, mostrava que a importância da noite transcende a homenagem ao ex-presidente, ela também evidenciava que quando setores diversos se reconhecem como parte do mesmo projeto de cidade, o resultado é sempre positivo. Orsatti resumiu: “o Semanário cumpre a sua missão”.
A presença expressiva de representantes das forças de segurança ampliou ainda mais o caráter institucional do evento. O coronel Motoyama, da Força Aérea Brasileira, destacou que momentos como aquele criam oportunidades para mostrar à população como atuam instituições que, muitas vezes, permanecem distantes do cotidiano do cidadão comum. “É fundamental estarmos próximos da sociedade”, afirmou. Ele frisou que essa integração fortalece a confiança entre instituições militares e civis, especialmente quando o público tem a chance de compreender os serviços prestados, desde missões de defesa até áreas de atendimento emergencial e apoio humanitário.
O caráter afetivo e institucional da noite também foi reforçado pelo desembargador Waldir Sebastião de Nuevo Campos, do Tribunal de Justiça de São Paulo, que destacou a integração entre instâncias civis, militares e políticas como um dos pilares para fortalecer a região. “É uma integração extremamente efetiva”, disse ele, ressaltando que eventos como esse são oportunidades valiosas para trocas de ideias que surgem apenas em ambientes de convivência direta, algo muito difícil de ocorrer em agendas formais das instituições.
Ao mesmo tempo, a fala do vereador Major Palumbo reforçou que eventos como esse demonstram a força política da região. Para ele, a presença de tantas autoridades de diferentes partidos é a prova de que a Zona Norte se consolidou como um polo relevante da capital. Sua reflexão era simples, mas direta: “a Zona Norte consegue atrair não só os políticos, mas também os recursos necessários para melhorar nossa região”.
A noite, porém, alcançou seu ápice quando Michel Temer subiu ao palco. Era possível perceber que muitos dos presentes aguardavam aquele momento com particular expectativa. O ex-presidente iniciou sua fala cumprimentando o Semanário e exaltando o papel da imprensa. Sua generosidade ao reconhecer o papel do João Carlos arrancou aplausos espontâneos.
Um dos momentos mais emblemático do discurso ocorreu quando Temer falou sobre o papel das autoridades. Foi um trecho que ecoou de maneira profunda, sobretudo entre os agentes públicos presentes: “nós somos autoridades secundárias”, disse ele. “A autoridade inaugural é o povo”. A frase sintetizou a visão democrática que marcou sua fala, reforçando que governar é sempre um exercício de obediência à vontade popular. Ele também criticou a postura agressiva de parte da classe política contemporânea, lembrando que “o homem público é um exemplo para a sociedade” e que palavras ásperas rompem com a liturgia necessária ao cargo.
Quando Temer concluiu dizendo que “se o Brasil fosse como este ambiente, seria um país de paz e harmonia”, o salão reagiu com aplausos prolongados. Sua referência ao “café que permanece quente” foi recebida com risos e emoção, não era apenas uma frase espirituosa, mas um gesto simbólico de agradecimento pela recepção calorosa da região.
Gilberto Kassab também tomou a palavra e reconheceu o valor da noite, para a cidade, para o Estado e para a história política recente de São Paulo. Ele celebrou Temer como “um dos maiores homens públicos do Brasil”, destacou sua trajetória irrepreensível e afirmou que participar daquela homenagem era motivo de orgulho. Mas Kassab também dedicou parte de sua fala ao próprio Semanário, reforçando algo que se repetiu dezenas de vezes ao longo da noite: “você, João Carlos, é referência”.
Sua fala sintetizou a essência do encontro, a Zona Norte possui uma força coletiva que se manifesta sempre que alguém tem a iniciativa de unir pessoas. E, na visão de Kassab, João Carlos faz isso como poucos, articula, conecta, aproxima, constrói pontes. A fala final do secretário foi contundente ao afirmar que a homenagem ao ex-presidente também era, de certa forma, uma homenagem ao próprio trabalho diário do Semanário, que há anos registra, acompanha e fortalece a vida pública da região.
Enquanto o jantar se encaminhava para o encerramento, era visível que o evento deixara uma marca indelével. Autoridades permaneciam conversando, fotografias se multiplicavam, cartões eram trocados, e muitos permaneceram ainda longos minutos no salão, como se quisessem prolongar aquela sensação de pertencimento, reconhecimento e integração que havia se construído ao longo das horas.
O que ficou, ao final, foi a percepção de que aquela noite não foi apenas uma homenagem, foi um símbolo. Um símbolo da maturidade institucional da Zona Norte. Um símbolo do respeito ao ex-presidente Michel Temer. Um símbolo da articulação de João Carlos e do Semanário. E, acima de tudo, um símbolo da capacidade que a região tem de unir pessoas, ideias e trajetórias em torno de um mesmo ideal: fortalecer a comunidade, valorizar sua identidade e projetar seu futuro com confiança.
Se em algum momento o país parece dividido, o salão Anchieta I mostrou que existem lugares onde o diálogo ainda prevalece, onde lideranças são celebradas pela qualidade do serviço público, onde instituições se aproximam da sociedade e onde a imprensa cumpre, com seriedade e isenção, seu papel de registrar, conectar e iluminar histórias.
Aquela noite foi, sem sombra de dúvida, um novo marco para a Zona Norte de São Paulo. Não apenas pela presença de Michel Temer, mas pelo que ela simbolizou, um território que aprendeu a reconhecer seu próprio valor e que, através de iniciativas como a do Semanário, continua construindo pontes que fortalecem não apenas a região, mas toda a cidade.
E se há algo que ficou evidente ao final do jantar é que essa história está apenas começando.
Comentários: