Ao mesmo tempo em que convive com um estrondoso avanço na ciência e tecnologia, a humanidade se vê envolvida por uma desconcertante, mas real, mudança nas reações sociais e por notícias de guerras, de fome, doenças de toda ordem e inclusive relativas à saúde mental.
Vivemos assim várias crises que denominamos crise política, crise econômica, crise na educação, mas que na verdade é uma só, porque vivemos uma grande crise ética, que mais corretamente pode ser chamada de crise moral.
Neste momento de conturbação social a ética e a moral têm servido para justificar atitudes antiéticas, imorais e, não raro, até ilegais. Parece que encenamos a famosa lenda de Fausto, imortalizada pela versão da tragédia de Johann Goethe, quando o personagem, em breves palavras, faz um pacto com o mal para fazer prevalecer seus interesses justificando seus desvaneios atitudinais na ética e na moral.
Questões como essas têm sido decisivas para consubstanciar o momento atual, mas merecem ser enfocadas sob a ótica de uma lição que é para todos e para sempre que diz que devemos amar ao próximo como a si mesmo.
Creio que sob esse enfoque teríamos um amenizar de ânimos, diminuindo a busca incessante do ter em detrimento do ser. Enfim, os conflitos, as inquietações, que agasalham o íntimo das pessoas certamente diminuiriam dando início a uma pessoa nova, livre da escravidão que prende ao egoísmo, a vaidade e ao orgulho, ou seja, livre e liberta para o bem viver.
Indistintamente, todos vivem momentos de grande importância para a sua evolução individual e coletiva, portanto do planeta. Estamos tendo a oportunidade fecunda de nos libertamos dos nossos egos e vivermos nossa transformação moral.
No entanto, como disse Alessandra Uzêda em Espiritualidade & Reforma Íntima – Coleção Refletir, é de se lembrar que “a boa conduta do ser exige esforço contínuo e educação de nossas vontades mais imediatas que têm sua origem nos pensamentos, e das nossas emoções, cuja origem está em nossos sentimentos. Educar pensamentos e sentimentos por meio do esclarecimento e do amadurecimento se constitui a chave para abrir as portas do coração do novo homem que desponta para viver em um mundo de Regeneração”, portanto, mais justo e perfeito.
A oportunidade está posta e fica o convite para que cada um escolha o seu caminho na busca do homem novo.
Paulo Eduardo de Barros Fonseca
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