SEMANÁRIO ZONA NORTE - JORNAL DE MAIOR CIRCULAÇÃO NA ZONA NORTE

Sabado, 24 de Maio de 2025

Notícias Colunistas

Gerações dopamina

Colunista Marco Antonio Garcia

Gerações dopamina
Use este espaço apenas para a comunicação de erros nesta postagem
Máximo 600 caracteres.
enviando

Por que chamo de gerações dopamina? 

A dopamina é um neurotransmissor muito importante do nosso organismo, produzido entre outros locais, no intestino e no cérebro na substancia negra, sendo responsável pelos prazeres, motivação, e movimentos voluntários e involuntários do corpo, provocando reações intensas de prazer e recompensa, como num vício de adictos, em geral estimulantes, como compulsão por substâncias ou atividades. Quando está em desequilíbrio pode provocar patologias desde a infância, como os TDAH, psicoses, e na terceira idade Doença de Parkinson, entre outros sintomas psicológicos. 

Esses excessos atingem várias gerações desde o baby Boomers que nasceram a partir de 1940 até as mais atuais como a geração X, Y, Z, Alfa e até a Beta. Claro que varia de pessoa para pessoa dependendo da educação recebida.  

No entanto trata-se de um fenômeno psicológico emocional e comportamental onde os indivíduos estão buscando recompensas rápidas, muitas vezes sem limites, disciplina e falta de autoridade com desrespeito e até agressividade. A monofobia mostra esses vícios sem controle dos pais e dos adolescentes principalmente, como na  minissérie Adolescência. 

Outro exemplo são os smartphones, as mídias sociais, os jogos de azar, que se tornaram mais importantes do que o diálogo e os relacionamentos, estimulando isolamento social perigoso, principalmente para os mais jovens, apesar de também atingir pessoas com mais idade, mas com imaturidade emocional. Por isso as crianças não deveriam ter acesso às telas antes dos sete anos, e serem educadas com estórias infantis ou desenhos próprio para cada idade. 

No livro Nação Dopamina, a autora mostra” por que o excesso de prazer está nos deixando infelizes e o que podemos fazer para mudar”. 

Buscar o equilibrio entre o prazer e o sofrimento não é fácil, pois somos bombardeados de estímulos externos pedindo para consumirmos mais e mais e sem controle, e devemos resistir a esses apelos pelo nosso próprio bem. Saber dosar para viver melhor, pois temos a escolha entre o amor e a dor, como dizia Jung à vida é um equilibrio entre a alegria e o sofrimento para superar e não para se entregar. 

Nosso cérebro ainda é analógico, enquanto a ciência é digital, e vai demorar muito para evoluirmos, e a inteligência é orgânica e não mecânica como a IA.  A convivência relacional ainda é a melhor forma de desenvolvimento, daí a importância de limitar o uso dos smasrtphones, nas escolas e em casa. A família é como um pacote de TV a cabo com muitos canais, mas só gostamos e interagimos com poucos.  

Só o tempo vai dizer como será essa adaptação, pois só adia os conflitos e possíveis soluções. 

Por isso, devemos fazer movimentos e exercícios aeróbicos e musculares, ter boa alimentação, bom sono, cuidar da ansiedade, entrar em contato com a natureza se quisermos ter mais qualidade de vida até a morte, e você pode adiá-la ou antecipá-la, você decide, se não conseguir sozinho, peça ajuda.  

* Psicólogo e psicoterapeuta Junguiano 

+ Lidas

Nossas notícias no celular

Receba as notícias do Semanário ZN no seu app favorito de mensagens.

Telegram
Whatsapp
Entrar
Anunciante 039

Veja também

Crie sua conta e confira as vantagens do Portal

Você pode ler matérias exclusivas, anunciar classificados e muito mais!