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Sabado, 24 de Maio de 2025

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Doença de Parkinson, saiba o que é e quais os seus principais sintomas

O Dia Nacional do Portador da Doença de Parkinson é celebrado no dia 4 de abril. A data foi criada para aumentar a conscientização sobre a doença. 

Doença de Parkinson, saiba o que é e quais os seus principais sintomas
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A doença de Parkinson é uma doença neurológica degenerativa que afeta os movimentos do indivíduo, causando tremores em repouso, perda da coordenação motora, lentidão de movimentos, entre outros sintomas. É considerada a segunda doença neurodegenerativa mais prevalente no mundo e é duas vezes mais comum em homens do que em mulheres. 

Segundo dados do Ministério da Saúde (MS), em torno de 200 mil pessoas vivem com a doença no Brasil. 

Não existe cura disponível até o momento, embora os tratamentos ajudem a estabilizar ou retardar a progressão do quadro, garantindo maior qualidade de vida ao paciente.  

É fundamental haver maior conscientização e conhecimento sobre a doença de Parkinson. Neste conteúdo, você encontrará informações importantes sobre essa doença tão impactante. 

O que é a doença de Parkinson? 

A doença de Parkinson afeta o sistema nervoso central de forma gradual, sendo classificada como uma doença neurodegenerativa progressiva, assim como a doença de Alzheimer. 

Com o passar do tempo, células nervosas específicas (neurônios) começam a morrer em algumas regiões do cérebro, impactando gradativamente na produção de um neurotransmissor importante chamado dopamina. 

Os neurotransmissores são mensageiros químicos do cérebro, pelos quais as células do sistema nervoso se comunicam, comandando, dessa forma, as diversas funções corporais. Os neurotransmissores têm papel vital para o bom funcionamento cerebral, corporal e para a saúde mental. 

A maior parte da dopamina é produzida em uma região do cérebro chamada substância negra. Suas ações estão relacionadas a múltiplas funções no organismo, influenciando as emoções, capacidade de aprendizado, humor, atenção, controle do sistema motor, entre outras.  

Na doença de Parkinson, os neurônios produtores de dopamina são gradualmente destruídos, culminando na sua deficiência e no quadro de neurodegeneração progressiva. Como a dopamina participa do controle motor, um dos principais sintomas aparentes é o prejuízo na execução do movimento, acompanhado de tremores. 

No entanto, devido a sua natureza progressiva, o processo degenerativo não fica restrito somente à substância negra e, no decorrer do tempo, outras áreas cerebrais são afetadas, gerando sintomas não relacionados ao controle motor. 

O que causa a doença? 

A causa exata da doença de Parkinson ainda está sob investigação, e estudos estão sendo desenvolvidos para tentar entender exatamente qual o mecanismo causador.  

Uma das teorias mais aceitas é o acúmulo de proteínas chamadas α-sinucleínas. Essas proteínas são encontradas em altas concentrações na substância negra em pacientes com a doença, e acredita-se que elas vão se acumulando nessa região ao longo do tempo, formando agregados chamados corpos de Lewy. Em grandes quantidades, as  α-sinucleínas têm um efeito tóxico e acabam matando os neurônios produtores de dopamina. 

Outros achados científicos indicam que a doença de Parkinson apresenta relação com fatores genéticos e do envelhecimento. Cerca de 10% das pessoas diagnosticadas têm histórico familiar, e já foram identificados também vários genes e mutações que podem desencadear o surgimento da doença. 

O maior fator de risco para a doença de Parkinson é o envelhecimento, pois a maioria dos casos ocorre em pessoas acima dos 60 anos. O processo natural de envelhecimento, em conjunto com a predisposição genética, leva ao aumento de disfunções celulares, acúmulo natural das α-sinucleínas na substância negra, aumento de processos inflamatórios no corpo, elevação do estresse oxidativo celular e aumento de alterações genéticas. Todas essas alterações geram um cenário bastante propício para o aparecimento da doença. 

Contudo, a doença de Parkinson não é exclusiva de pessoas mais velhas, com casos de pessoas jovens (abaixo dos 30 anos) sendo diagnosticadas. Fatores ambientais também possuem certa influência, principalmente a exposição a certas toxinas, como herbicidas e pesticidas, que podem danificar os neurônios da substância negra. 

Quais os sintomas da doença de Parkinson? 

Como mencionado, os principais sintomas são aqueles relacionados ao controle motor. O tremor em repouso em uma das mãos é um dos primeiros sinais da doença. Esse tremor normalmente é lento, diminui durante a movimentação e é ausente durante o sono.  

Em geral, o tremor aumenta em situações estressantes ou de fadiga. Outro sintoma bastante relatado é a rigidez nas articulações. Os movimentos também se tornam mais lentos e a pessoa pode começar a ter problemas de equilíbrio e quedas. 

Além dos sintomas motores, quadros de depressão, alterações de humor e perturbações no sono são bastante comuns. A insônia pode agravar o quadro de depressão e acelerar o declínio cognitivo. Em estágios avançados, a doença pode culminar em demência, condição na qual a pessoa perde a capacidade de engolir, mastigar, falar, escrever, bem como apresenta problemas de micção e evacuação. 

Alguns pacientes podem desenvolver também hiperidrose (suor excessivo nas mãos e nos pés), perda de olfato, dores e sensações de aperto, formigamento e queimação em várias regiões do corpo. 

Como diagnosticar a doença de Parkinson? 

O diagnóstico é essencialmente clínico, considerando os sintomas apresentados pelo paciente, histórico e exames neurológicos. São feitos alguns testes, que permitem ao médico neurologista diferenciar os sintomas característicos da doença de outras condições que podem afetar os movimentos do paciente. 

O tremor em repouso é uma característica marcante e é um dos sintomas mais clássicos, além da diminuição dos movimentos e rigidez do paciente. O teste de coordenação dedo-nariz é realizado e, nos casos positivos da doença, o tremor tende a desaparecer no membro que está sendo testado. 

Vários testes físicos e neurológicos são realizados para observar os movimentos, a força e os reflexos do paciente. A suspeita da doença de Parkinson é reforçada quando há a presença de outros sinais, como pisada infrequente, falta de expressão facial, anormalidades ao caminhar e instabilidade postural. 

Para fechar o diagnóstico, exames complementares podem ser solicitados pelo médico, como exames de imagem (tomografia cerebral e ressonância magnética), para avaliar e detectar anormalidades nas estruturas cerebrais. 

Quais as opções de tratamento? 

Como dito anteriormente, a doença de Parkinson não possui cura até o momento. Entretanto, os atuais tratamentos disponíveis auxiliam na estabilização e no bloqueio da progressão da condição, reduzindo os sintomas e aumentando a expectativa e qualidade de vida do paciente. 

Os medicamentos disponíveis podem auxiliar aumentando o nível de dopamina no cérebro, favorecendo as sinapses neurais e controlando os sintomas da perda dos movimentos.  

Outras terapias não medicamentosas podem auxiliar, como sessões de fisioterapia para suporte no tratamento dos sintomas motores e redução do declínio das funções mentais. O acompanhamento psicológico e psiquiátrico também é importante para o tratamento de sintomas comportamentais. 

A atividade física regular com acompanhamento profissional é fundamental para fortalecer a musculatura e melhorar o equilíbrio, flexibilidade e coordenação motora. Massagens terapêuticas podem reduzir as tensões causadas pela rigidez muscular e a prática de yoga pode aumentar a flexibilidade e alongar a musculatura do paciente. 

Fonte: blog.sabin.com.br/saude/entenda-o-que-e-a-doenca-de-parkinson/ 

Estimulação Cerebral Profunda 

A estimulação cerebral profunda (ou DBS para deep brain stimulation, em inglês), é o procedimento cirúrgico mais eficiente no tratamento dos sintomas da doença de Parkinson. Quando bem indicada e realizada, ela funciona para a maioria dos pacientes. Embora seja uma técnica extremamente segura, trata-se de uma intervenção complexa. Por isto, há poucos cirurgiões habilitados a executá-la. No Brasil, o dr. Erich Fonoff é um dos responsáveis pelo aprimoramento da técnica que resultou em menos horas de cirurgia e mais conforto para o paciente. 

A estimulação cerebral profunda não cura a doença de Parkinson nem impede sua progressão. Mas, é uma forma poderosa de controlar os sintomas motores e devolver ao parkinsoniano autonomia, independência e qualidade de vida. Muitos pacientes descrevem o bem-estar e a melhora repentina, nas semanas após a cirurgia, como um ‘nascer de novo’. Eles se sentem assim pois a modificação dos sintomas é rápida e permanece durante todo o dia, ao contrário da medicação, que oscila conforme horários, doses e até alimentação do paciente. Nesta entrevista, o Dr. Erich Fonoff, neurocirurgião e especialista em transtornos do movimento, explica como o procedimento funciona, para quem é indicado e todos os benefícios. 

1) O que é a estimulação cerebral profunda? 

O tratamento consiste em uma estimulação elétrica contínua em pequenas, mas importantes, regiões do cérebro, por anos sem interrupção. Trata-se de uma microestimulação – a corrente elétrica utilizada é muito pequena – feita em pontos estratégicos do cérebro, que são, na sua maioria, profundos. 

2) Como é feita a estimulação cerebral profunda? 

O procedimento consiste em um implante de eletrodos, fios especiais de material metálico muito fino, precisamente implantados em pontos específicos do tálamo, da região subtalâmica, do globo pálido entre outras. Os eletrodos são conectados a um neuroestimulador, chamado também de marca-passo. Ele é uma espécie de microchip, do tamanho de uma caixa de fósforos e tem sua própria bateria acoplada. Este, em geral, é implantado no peito, abaixo da clavícula, ou na região abdominal. Todo o sistema fica discretamente debaixo da pele. Nada fica exposto ou visível, apenas sentido no toque. Quando o sistema é ligado, a estimulação elétrica modifica o funcionamento dos neurônios à sua volta, aliviando os sintomas como tremores, movimentos involuntários e rigidez. 

Entenda os passos da cirurgia: 

  • O paciente se interna na noite anterior – ou pela manhã, caso a cirurgia esteja programada para o período da tarde, sem o uso da medicação antiparkinsoniana. No hospital, parte do cabelo é retirada para reduzir o risco de infecção.
  • Antes de ir para o centro cirúrgico, é realizada uma tomografia ou ressonância magnética.
  • Já no centro cirúrgico, com sedação leve e anestesia local, pequenas incisões na região frontal são feitas para a implantação dos eletrodos.
  • Em seguida, o paciente recebe anestesia geral superficial para passagem das extensões e colocação da bateria. Esta fase do procedimento dura cerca de 40 minutos.
  • Na maior parte das vezes, não há necessidade de ficar na UTI. O paciente passa o dia seguinte no hospital para receber os antibióticos necessários.

 3) A cirurgia de estimulação cerebral profunda é feita em uma única etapa? 

Até há pouco tempo, o procedimento era realizado em cada lado do cérebro separadamente, isto é, em duas cirurgias distintas ou em procedimentos sequenciais. Nós aperfeiçoamos o método e, hoje, fazemos os implantes nos dois lados do cérebro simultaneamente. Com isso, foi possível reduzir o tempo de cirurgia, o custo da intervenção e ainda aumentar a segurança do procedimento. Essa técnica foi apresentada e premiada nos principais congressos nos Estados Unidos e na Europa elevando o nome da neurocirurgia brasileira no exterior. 

4) Quais são os benefícios da estimulação cerebral profunda? 

Com a estimulação, sintomas motores e alguns não motores da doença de Parkinson são reduzidos. O tremor, a rigidez, a lentidão dos movimentos e os movimentos involuntários melhoram bastante. A estimulação cerebral também potencializa o efeito das medicações. Por isso, os pacientes que fazem a cirurgia de estimulação cerebral profunda têm uma redução, em média, de 50% das medicações. Consequentemente, conseguem diminuir os efeitos colaterais que surgem após o uso prolongado da levodopa, a principal medicação no tratamento do Parkinson. Em menor grau, o equilíbrio, a marcha e a fala também são beneficiados. Isto permite que o paciente fique mais ativo, pratique atividade física e realize terapias de reabilitação, o que aumenta de modo importante seu bem-estar e sua qualidade de vida. 

5) Existe alguma restrição física após a estimulação cerebral profunda? 

Não. Muito pacientes caminham, nadam, fazem musculação leve, praticam exercícios de boxe, andam de bicicleta seguindo as regras de segurança. Mais uma vez, o parkinsoniano ganha autonomia e controle e depende bem menos da medicação, o que reflete positivamente na qualidade de vida. 

6) Quem pode fazer a cirurgia de estimulação cerebral profunda? 

A maioria dos pacientes de Parkinson pode fazer a cirurgia de estimulação cerebral profunda, porém nem todos necessitam dela. É importante que seja feita uma triagem pelo especialista para ver quem realmente se beneficia do procedimento. Existe um período na vida do parkinsoniano em que ele responde melhor à cirurgia de estimulação cerebral. Este período geralmente se inicia cinco anos após os primeiros sintomas e, nele, o paciente já apresenta dificuldades com a medicação. Ou seja, o efeito dos remédios é muito curto e induz movimentos involuntários, chamados de discinesias. Este quadro leva o paciente a associar diversas medicações e exige numerosas doses ao longo do dia. Apesar de produzir resposta momentânea, a medicação não surte o efeito como no início da doença. Este é o ponto da doença em que a cirurgia é mais indicada. 

Quando o paciente responde bem à medicação, mas não tolera seu uso várias vezes por dia, por apresentar náuseas e sonolência, pode se considerar a cirurgia antes do tempo. A cirurgia também é indicada quando o paciente tem tremor que compromete as atividades do dia a dia e a resposta à medicação está abaixo do esperado para o tremor. Este, em geral, é muito bem tratado com a cirurgia de estimulação cerebral. 

7) Como o paciente é avaliado para saber se é um bom candidato à cirurgia de estimulação cerebral profunda? 

Antes de se submeter ao procedimento, o parkinsoniano passa por uma série de avaliações para averiguar qual será o benefício do procedimento no seu caso. Confira as principais a seguir: 

Avaliação com teste de levodopa 

Em geral, o paciente fica algumas horas sem a medicação e o diagnóstico de Parkinson é verificado. O neurologista avalia o histórico e pontua todos os sintomas motores. Em seguida, o paciente recebe uma dose de levodopa estipulada pelo neurologista e espera o efeito, que normalmente observa no dia a dia. Neste ponto, sob o efeito da medicação, os sintomas são novamente pontuados. Este processo mostra como o paciente responde à medicação e também quais sintomas são mais ou menos controlados. Muitos pacientes, que acham que não melhoram com a medicação, se sentem mais seguros com este teste. 

Avaliação cognitiva e de sintomas neuropsiquiátricos 

Com o paciente medicado, a neuropsicóloga avalia diversos pontos da cognição, além de testar atenção, memória, visualização do espaço, cálculos simples, impulsividade, praxia (memória e desenvoltura em atos simples), raciocínio e flexibilidade mental. Esta avaliação não necessariamente descarta a cirurgia. A maioria dos pacientes tem pequenas dificuldades em uma ou outra função, o que é normal e compreensível. Também são pesquisados sintomas de alteração do humor, como ansiedade e depressão, mudanças no sono e efeitos colaterais da medicação, como maior impulsividade, compulsões e até leves alucinações. Os pacientes, em geral, não relatam estes sintomas espontaneamente. Mas é importante que a equipe saiba, caso a cirurgia seja indicada. 

Ressonância magnética e consulta com neurocirurgião 

O paciente é submetido a uma ressonância magnética para descartar qualquer alteração anatômica. Esta imagem é analisada pelo neurocirurgião especializado em Parkinson e utilizada no momento da programação computadorizada da cirurgia. Na consulta, as dúvidas do paciente e da família são esclarecidas e os riscos, apresentados. O neurocirurgião também avalia os testes acima, como a resposta a levodopa e a avaliação neuropsicológica e neuropsiquiátrica. Todo este processo é indispensável para indicar, contraindicar ou propor a resolução de eventuais situações que possam temporariamente contraindicar a cirurgia. 

8) Quais são os riscos da cirurgia de estimulação cerebral profunda? 

Alguns pacientes temem que o procedimento machuque ou destrua células no cérebro. Isto não ocorre. Há, no entanto, dois riscos que merecem atenção. O primeiro deles é de infecção, risco que está presente em qualquer cirurgia. Hoje, porém, ele é bem pequeno, abaixo de 2% em nossa experiência em hospitais de excelência em São Paulo, apesar de ser variável em outros centros onde se realiza a DBS. A infeção, quando ocorre não traz risco de vida. Na maioria dos casos, é resolvido com o uso de antibióticos e, em última instância, o paciente tem o sistema removido. O outro risco – bem menor que o de infecção – é de um eventual sangramento cerebral. Na maioria dos casos, ele é assintomático, detectado nos exames pós-operatórios e os pacientes nem percebem. Graças às técnicas usadas no procedimento, que se aprimoraram nos últimos anos, este risco é pequeno, em torno de 1%. Vale ressaltar que quando a cirurgia é bem indicada e bem realizada, ela funciona para quase todos os pacientes. Outro detalhe muito importante é a escolha do sistema de estimulação mais indicado. Embora exista mais de uma alternativa, é o neurocirurgião a pessoa mais indicada a dar a orientação final. 

9) A cirurgia de estimulação cerebral profunda cura a doença de Parkinson? 

Embora a cura seja o resultado mais esperado, ela não ocorre após a cirurgia. Tampouco a doença deixa de progredir. O que ocorre é que os sintomas são bastante minimizados e há um enorme ganho na qualidade de vida. Alguns pacientes têm a impressão de que a doença não existe mais, que rejuvenesceram vários anos ou sentem-se quase sem doença. E, esta sensação pode perdurar por meses e até anos. Vale ressaltar mais uma vez que a cirurgia não tem o poder de curar a doença, apenas de controlar os sintomas. 

10) A cirurgia de estimulação cerebral profunda é reversível? 

Sim, todo o sistema pode ser desligado ou removido, se o médico julgar necessário. Mas é importante lembrar que acertos também podem ser feitos pelo neurologista para ajustar às necessidades específicas de cada paciente ao longo do tempo. 

11) Quanto tempo dura a bateria do sistema de estimulação cerebral profunda? 

Há diversos tipos de sistemas no mercado e a tendência, com o progresso na tecnologia, é este número aumentar. 

Em geral, os sistemas não-recarregáveis têm a duração entre 3 e 5 anos. Há pacientes que podem ter a estimulação mantida com intensidade baixa e, assim, a bateria tende a durar mais. Outros pacientes já precisam de programações mais complexas para controlar sintomas específicos, que ocorrem no decorrer do tratamento. Nestes casos, a bateria dura menos. Os sistemas não-recarregáveis são mais cômodos para o paciente, pois não há a necessidade de recarregar a bateria semanalmente. 

Já os recarregáveis têm uma durabilidade maior, de 9 a 25 anos. Mas, este sistema exige uma ou duas recargas semanais. O procedimento é relativamente simples. Um aparelho externo, do tamanho de um telefone celular, é plugado à tomada e recarregado plenamente. Com a carga completa, o paciente deve posicioná-lo sobre a pele e, por indução magnética, o aparelho implantado se recarrega. Este procedimento pode demorar de 1 a 3 horas. 

É importante que o paciente conheça os tipos disponíveis e as vantagens e desvantagens de cada um. No entanto, o cirurgião é o profissional mais habilitado para sugerir o tipo de sistema adequado a cada paciente. 

Sobre o Dr. Erich Fonoff 

O Dr. Erich Fonoff é médico neurocirurgião, professor, pesquisador e um dos principais especialistas brasileiros em neurocirurgia funcional, com ênfase nas áreas de dor, doença de Parkinson e outros distúrbios do movimento. É professor livre-docente do departamento de Neurologia da Faculdade de Medicina da USP. 

Atuou como médico neurocirurgião na equipe do Hospital das Clínicas da FMUSP e coordenou o Laboratório de Neuromodulação de Dor Experimental do Hospital Sírio-Libanês. Ele é diretor técnico do canal Parkinson Hoje, comunidade online que reúne informações, dicas e materiais educacionais para todos aqueles que convivem com a doença de Parkinson. Parkinson Hoje e este site tem caráter exclusivo de esclarecimento e educação à sociedade e é produzido de acordo com a resolução CFM Nº 1.974/2011. 

Fonte: https://www.erichfonoff.com.br/doenca-de-parkinson/estimulacao-cerebral-profunda-dbs 

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