Em determinada passagem bíblica os discípulos indagaram a Jesus porque ele fala por parábolas? “Ele, respondendo, disse-lhes: Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus; mas a eles, não lhes é dado. Porque àquele que tem, se dará, e terá em abundância; mas àquele que não tem, até aquilo que tem lhe será tirado. Por isso lhes falo por parábolas; porque eles, vendo, não veem, e, ouvindo, não ouvem nem compreendem. E neles se cumpre a profecia de Isaías, que diz: Ouvindo, ouvireis, mas não compreendereis, e, vendo, vereis, mas não percebereis. Porque o coração deste povo está endurecido, e  ouviram de mau grado com seus ouvidos. E fecharam seus olhos; Para que não vejam com os olhos, e ouçam com os ouvidos, e compreendam com o coração, e se convertam e eu os cure.” (Mateus 13:10-15).

As parábolas, usadas por Jesus como meio pedagógico com o intuito de educar, esclarecer situações prevenindo interpretações equivocadas e evitar ciladas dos adversários, se revestiam de conhecimentos exotéricos, quando ministrados ao púbico em geral, e esotérico, quando dedicados exclusivamente aos apóstolos.

Serviram para ensinar verdades desconhecidas por meio de verdades e fatos do cotidiano, bem como sempre deixaram algum ensinamento escondido para aqueles que ainda não tinham condições de entendimento e encerram uma doutrina moral.  

Por isso traduziam e traduzem ensinamentos que, dependendo do ponto de vista de quem as escuta, trazem uma nova abordagem, ampliando o conhecimento.

O alcance das parábolas de Jesus são aplicáveis em todos os tempos e propiciam as pessoas a possibilidade de compreensão e assimilação de suas mensagens, sem que delas seja possível abstrair qualquer pre-julgamento.

 A correta interpretação de uma parábola possibilita sua aplicação a uma determinada situação vivenciada por qualquer pessoa. Daí ser plausível afirmar que as parábolas de Jesus são para todos os tempos, inclusive porque Ele é o caminho, a verdade e a vida (João 14:6).

Paulo Eduardo de Barros Fonseca