Há anos, a Polícia técnico-científica de São Paulo sofre com a falta de peritos criminais. Os que estão na ativa vivem sobrecarregados de serviço graças a um déficit de 31% no efetivo, o equivalente a 538 profissionais, e pelas péssimas condições de trabalho que já atingem todo o Estado.
A contratação de novos peritos e a melhoria das instalações devem acontecer com urgência para que a população possa receber atendimentos mais ágeis por parte da Perícia. Se há déficit, a demora é sempre maior para o atendimento de um local de crime e para a expedição do laudo, por exemplo. Excesso de horas de trabalho, cortes nos investimentos e a proliferação de ambientes insalubres são alguns dos problemas que atingem esses profissionais e que, direta ou indiretamente, arriscam comprometer a qualidade do trabalho, o que só não acontece de fato graças ao comprometimento dos peritos com seu juramento de servir à sociedade paulista.
A pressão do Sinpcresp pela nomeação de todos os candidatos aprovados e remanescentes do concurso de 2013 já demonstra resultado. Em reunião com o chefe de gabinete da Secretaria de Segurança Pública, Nivaldo Restivo, na tarde de quinta-feira (19), o presidente do Sinpcresp, Eduardo Becker, foi informado de que 167 peritos serão chamados.
Num primeiro momento, 127 serão nomeados pelo governador e, na sequência, outros 40 peritos criminais. Essa novidade, caso se concretize de fato, permitirá que os servidores comecem a trabalhar dentro da legalidade, já que se tem informações de fatigantes cargas horárias de trabalho que podem chegar a mais de 40 horas semanais.
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