Esse ditado popular bem define a postura que devemos adotar ante as diversas situações que vivenciamos durante nossa jornada, porque se refere à expressão equilíbrio.
A busca pelo chamado ponto de equilíbrio demanda um enorme esforço individual e é decorrente da aceitação de que tudo na matéria é efêmero e que não nos é dado o direito de controlar as coisas que são de Deus.
A aceitação, porém, não significa que o homem deva se acomodar, renunciando ao seu direito e dever de buscar sua melhoria. Isso porque, reitera-se, o que deve ser entendido é que as coisas da matéria – todas coisas da matéria – são efêmeras, passageiras.
Quando vivenciamos momentos difíceis, não devemos permitir que o desânimo, a aflição, a tristeza, os pensamentos ruins etc tomem conta do nosso intimo, transformando-nos em pessoas amargas e pessimistas.
Aquilo que chamamos de momentos ruins, em verdade, nos trazem enorme aprendizado, sobretudo quando exercitarmos a paciência e a resignação. Ainda que não percebamos, nesses momentos somos plenamente amparados pela divina Providência.
Quando passamos por momentos de alegria devemos dosar nossa euforia, lembrando que nossa existência é constituída por momentos distintos e variados. Devemos agir sempre com ponderação porque, durante nossa existência, vivemos momentos de doçura e amargor.
Como tudo há razão de ser, deve ser considerado que o aprendizado se dá de diversas maneiras e que isso é uma grande possibilidade para o exercício da inteligência. Por isso, como nos disse Emanuel, “examina os teus desejos e vigia os próprios pensamentos, porque onde situares o coração aí a vida te aguardará com as asas do bem ou com as algemas do mal".
Ao empreendermos a moderação em nossa jornada, mantendo o equilíbrio do espírito e do corpo, estaremos encarando nossa existência como ela realmente é, dando importante passo no nosso processo evolutivo.
Paulo Eduardo de Barros Fonseca