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Domingo, 19 de Janeiro de 2025

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Jornal Semanário da Zona Norte promove jantar no Novotel Center Norte em homenagem a autoridades da Segurança Pública

Jornal Semanário da Zona Norte promove jantar no Novotel Center Norte em homenagem a autoridades da Segurança Pública
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O jornal Semanário da Zona Norte promoveu na segunda-feira, dia 21 de outubro, no Novotel Center Norte, um jantar em homenagem ao coronel de Exército Alexandre Lückemeyer Machado Carrion, comandante do CPOR e diretor do Colégio Militar de São Paulo; o coronel PM Carvalho, coordenador  Operacional da Polícia Militar e o inspetor superintendente Carlos Alberto Previato, comandante superintendente de Planejamento  da Guarda Civil Metropolitana. 

O evento contou também com várias homenagens e entregas de honrarias como a Moeda “Challenge Coin” entregue pela GCM, pela Aeronáutica e pela Sociedade Veteranos de 32 – MMDC às autoridades e o voto de júbilo da Câmara Municipal de São Paulo ao diretor-geral do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Cláucio Correa, emitido pela vereadora Edir Sales.  

A iniciativa do diretor do jornal Semanário da Zona Norte João Carlos Dias, foi elogiado por todos os convidados e autoridades que comentaram sobre a importância deste tipo de evento para a sociedade. 

Para o coronel PM Caio Marcos de Oliveira, comandante do Policiamento Metropolitano, “o encontro realizado pelo jornal é de suma importância para as autoridades e também para a sociedade. Parabéns ao João Carlos Dias pela iniciativa. Me sinto muito honrado em participar deste evento”. 

Para Carlos Romagnoli, presidente da Sociedade Veteranos de 32 – M.M.D.C, “o evento é uma excelente iniciativa promovido pelo jornal Semanário da Zona Norte, pois traz o congraçamento entre  pessoas e autoridades. É um momento de cobrarmos e alertarmos sobre algo que não está acontecendo de forma correta no bairro ou no município. Graças a Deus temos o Semanário que para mim hoje é um dos mais importantes veículos de comunicação da cidade de São Paulo. O João Carlos faz um trabalho ímpar na região, a população tem muito a agradecer ao Semanário”. 

Já  para o delegado de Polícia Ronaldo Tossunian, da 4ª Seccional da Polícia Civil ,  “o Semanário da Zona  Norte tem papel importante de integrar as forças  de segurança. É uma grande união de forças para combater o crime. O jornal traz ainda questões que a população reivindica para essas autoridades, é um canal de comunicação”. 

Segundo Cláucio Correa, diretor-geral do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), “ é muito gratificante participar do evento do jornal Semanário da Zona Norte.  Estou lisonjeado em participar deste evento. Parabéns João Carlos Dias”. 

De acordo Janaína Espósito, diretora jurídica  da Sociedade Veteranos de 32 – M.M.D.C., que recebeu uma homenagem do jornal pelo seu aniversário, “é muita emoção receber estas flores da equipe do Semanário da Zona Norte. Hoje é dia especial para mim e estou muito emocionada. Agradeço a todos, em especial ao João Carlos pela homenagem”. 

 

Entrevistas 

As autoridades homenageadas também concederam uma entrevista ao jornal Semanário da Zona Norte. Confira na íntegra as entrevistas. 

Inspetor superintendente Carlos Alberto Previato – Comandante superintendente de Planejamento  da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo.  

JSZN: Quem é o comandante de Planejamento da GCM? Conte um pouco sobre sua trajetória na corporação. 

Inspetor Previato: Inspetor superintendente Carlos Alberto Previato, profissional de carreira dos quadros da Guarda Civil Metropolitana há 32 anos, iniciei minha trajetória como GCM 3ª Classe em 26/11/1992, conquistando progressões para os Níveis de Fiscalização (Graduado) em 1997 e 2004, Nível de Supervisão em 2015 (Oficial) e Nível de Gestão Estratégica a partir de 2019 e atualmente, a convite do comandante-geral da GCM, ocupo a Função Gratificada de Alto Comando e Gestão Estratégica, no cargo de Comandante Superintendente de Planejamento; 

Com vasta experiência no Pronto Emprego Operacional, executei todas as demandas operacionais conferidas, comandei inúmeras operações, todas com êxito, sendo digno de ser exemplo a meus pares e comandados; 

  • Instrutor da Academia de Formação em Segurança Urbana nas matérias de Técnicas Operacionais / Pronta Resposta e Planejamento Operacional Estratégico (2001 a 2019);
  • Diretor de Gestão Educacional da Academia de Formação em Segurança Urbana (2015 a 2017);
  • Diretor de Formação Profissional da Academia de Formação em Segurança Urbana (2017 a 2019);
  • Coordenador Adjunto da Coordenação de Tecnologia, Logística e Infraestrutura da Secretaria Municipal em Segurança Urbana (2020 a 2022);
  • Comandante Superintendente Adjunto de Operações da GCM-SP (2022 a 2023);
  • Comandante Superintendente de Planejamento da GCM-SP (2023 a 2024);

Graduações: 

  • Tecnólogo em Gestão de Recursos Humanos (Universidade Camilo Castelo Branco);
  • Pós-Graduado em Gestão Pública e Responsabilidade Fiscal (Escola Superior Aberta do Brasil)
  • Pós-Graduado em Gestão da Qualidade e da Produtividade (Universidade Nove de Julho);
  • MBA em Gestão de Pessoas (Universidade Nove de Julho);
  • MBA em Gestão Ambiental (Universidade Nove de Julho;)

JSZN: O que é a Superintendência de Planejamento da Guarda Civil Metropolitana e quais são suas principais atribuições? 

Inspetor Previato: A Superintendência de Planejamento é o Departamento responsável por elaborar, implementar e monitorar os planos e programas estratégicos da Guarda Civil Metropolitana. Participa efetivamente do processo de aquisições de interesse da instituição, tais quais adquirições de Conjuntos de Uniformes e acessórios, Armamentos Bélicos, Coletes Balísticos, Veículos Oficiais de duas ou quatro rodas (Viaturas), embarcações aquáticas, Equipamentos de Proteções Individuais, Equipamentos de Menor Potencial Ofensivo, contratação de serviços diversos, reformas de unidades, entre outras e tem as seguintes atribuições: 

 I - Planejar a estrutura de logística e equipamentos da GCM e sua expansão em conjunto com as unidades competentes; 

 II - Coordenar e controlar estatisticamente as atividades e ocorrências da GCM, fornecendo informações gerenciais e estratégicas; 

 III - Planejar e coordenar os programas da GCM, estabelecendo metodologia de avaliação, bem como propondo prioridades e metas em articulação com as demais áreas da GCM e da SMSU; 

 IV - Avaliar os resultados alcançados em face das metas estabelecidas para eventuais ajustes no planejamento; 

 V - Orientar as unidades competentes no planejamento da escala de serviços de membros da GCM; 

 VI - Sistematizar e planejar a escala de serviço dos membros da GCM em diária especial de atividade complementar; 

JSZN: Qual é a importância da Superintendência de Planejamento para a Guarda Civil Metropolitana e para a segurança urbana em São Paulo? 

Inspetor Previato: A Superintendência de Planejamento é um órgão estratégico ligado a alta Gestão do Comando Geral da GCM, que tem por finalidade superintender todas as atividades referentes ao campo do sistema de informações gerenciais, estatísticas, controle, planejamento, dos processos organizacionais, como também da execução do orçamento previsto na lei orçamentária anual, de acordo com as diretrizes institucionais. 

A Superintendência tem como características o exercício do auxílio, suporte técnico e de assessoria ao Comando Geral, Subcomando e demais Superintendências no processo das tomadas de decisões da alta gestão, fundamentais para a que as ações de segurança sejam consistentes e alcancem as reais necessidades da administração pública, dos seus agentes e da população, permeando que otimizar recursos, direcionar esforços onde são mais necessários e promover a integração entre a GCM-SP e a Sociedade Paulistana. 

JSZN: Quais setores compõem a Superintendência de Planejamento e como cada um deles contribui para as operações da GCM? 

Inspetor Previato:  

  • A Divisão de Programas Prioritários – DPP: Tem por atribuição planejar, monitorar e avaliar a execução dos programas de proteção prioritários da GCM.

São considerados programas de proteção prioritários da GCM: Proteção escolar; Proteção do patrimônio público municipal; Proteção ambiental; Proteção dos agentes públicos; Proteção a pessoas em situação de vulnerabilidade; Controle do espaço de uso público e fiscalização do comércio ambulante;  

  • A Divisão de Planejamento Estratégico – DPE: Tem as seguintes atribuições:

 I - Propor, coordenar, monitorar e avaliar o planejamento estratégico institucional da GCM; 

 II - Promover o desenvolvimento e difusão de conhecimento de habilidades inerentes a ferramentas gerenciais; 

 III - Coletar, analisar e disseminar informações sobre o desempenho gerencial e interagir com os órgãos públicos correlatos sobre a matéria; 

 IV - Detectar inconsistências no gerenciamento dos projetos e programas implementados pela GCM.  

  • A Divisão de Escala e Atividade Complementar – DEA: Tem as seguintes atribuições:

 I - Subsidiar o Comandante Geral, o Subcomandante, os Comandantes Superintendentes e os Comandantes Operacionais no planejamento e monitoramento da escala de serviço dos integrantes da GCM; 

 II - Sistematizar e planejar a escala de serviço dos integrantes da GCM em diária especial de atividade complementar. 

Coordena e organiza as escalas de serviço dos membros da corporação, assegurando a correta distribuição do efetivo em turnos e áreas de atuação, conforme as necessidades operacionais e emergenciais.  

  • Divisão de Análise de Dados e Informações -DADI: Tem as seguintes atribuições:

 I - Coordenar e controlar estatisticamente as atividades e ocorrências da GCM, fornecendo informações gerenciais e estratégicas ao Comandante Geral e ao Subcomandante da GCM; 

 II - Fornecer dados e informações para os sistemas informacionais integrados; III - subsidiar tecnicamente os estudos, pesquisas, indicadores e notas técnicas; 

 IV - Subsidiar as unidades da GCM em assuntos relativos à gestão da informação e do conhecimento 

Focada na coleta e análise de dados relacionados à segurança pública, como indicadores de criminalidade, comportamento de patrulhamento e áreas de risco. As informações levantadas são usadas para embasar a formulação de estratégias e ações preventivas, auxiliando na tomada de decisões da corporação. 

Essas divisões trabalham em conjunto para garantir que a GCM funcione de maneira coordenada e eficiente, otimizando o uso dos recursos e maximizando a segurança da população.  

  • Divisão de Compras: Responsável por gerenciar a aquisição de equipamentos, materiais e insumos necessários para o funcionamento da GCM. Isso inclui uniformes, veículos, armamentos e outros itens essenciais para as operações.

JSZN: Como o trabalho da Superintendência auxilia na tomada de decisões do comando da GCM? Poderia dar exemplos práticos? 

Inspetor Previato: O trabalho da Superintendência fornece informações cruciais que influenciam a tomada de decisões do comando. Por exemplo, ao analisar dados de criminalidade em determinadas áreas, a Superintendência pode recomendar o aumento do patrulhamento em locais com maior incidência de crimes, assim como a implementação de campanhas de prevenção em comunidades específicas. 

JSZN: A Superintendência busca inovações tecnológicas para melhorar a atuação da GCM? Se sim, que tipos de tecnologias têm sido adotadas? 

Inspetor Previato: A Superintendência de Planejamento da GCM busca inovações tecnológicas, como a aquisição de drones para ações, ferramentas de análise de dados e viaturas com melhor tecnologia, incluindo viaturas elétricas. Essas tecnologias ajudam na coordenação das operações e na resposta rápida a incidentes. Exemplo de Inovações Tecnológicas e Equipamentos Buscados pela Superintendência de Planejamento (SUPLAN): 

Capacetes para Motociclistas LS2: Selecionados por sua alta tecnologia de segurança, conforto e durabilidade, oferecendo proteção aos agentes em patrulhas. 

Uniformes de Alta Qualidade (EPI): Buscados com materiais de alta resistência, funcionalidade e conforto, adequados para diversas situações operacionais. 

Armamentos Letais e Não Letais: A SUPLAN procura armamentos de última geração que atendam a altos padrões de segurança, incluindo opções letais e não letais, seguindo normas internacionais, como as do FBI. 

Munição Padrão FBI: Adoção de munição com especificações do FBI para garantir desempenho confiável e seguro em confrontos, aumentando a precisão das operações. 

A contratação de 55 viaturas elétricas pela Guarda Civil Metropolitana (GCM) é uma iniciativa crucial para modernizar a frota e promover a sustentabilidade. 

JSZN: A inteligência artificial já está sendo utilizada na GCM? Se não, há planos para sua adoção? 

Inspetor Previato: A utilização da inteligência artificial na GCM ainda está em fase de implementação, como o Projeto SMART SAMPA, embora não seja um trabalho realizado pela Superintendência de Planejamento (SUPLAN). A SUPLAN está focada na aquisição de drones que auxiliarão o policiamento, com planos para a adoção de IA. A expectativa é que a inteligência artificial melhore a análise preditiva de crimes e otimize o uso de recursos. 

JSZN: Quais são os principais desafios enfrentados pela Superintendência de Planejamento atualmente? 

Inspetor Previato: Os principais desafios incluem a adaptação às novas tecnologias, a integração de dados de diferentes fontes e a necessidade de aumentar a confiança da população na GCM. Além disso, a gestão de recursos financeiros limitados também é um desafio significativo. 

JSZN: Como a Superintendência se integra no dia a dia da GCM e como isso impacta as operações em campo? 

Inspetor Previato: A Superintendência atua de forma integrada com as equipes operacionais, fornecendo dados e orientações estratégicas que impactam diretamente as ações em campo. Isso permite uma resposta mais eficiente a emergências e uma abordagem mais proativa na prevenção e combate a crimes. 

JSZN: Como a análise de dados e a coleta de informações influenciam as estratégias da Superintendência e, consequentemente, da GCM? 

Inspetor Previato: A análise de dados permite identificar tendências e padrões de criminalidade, o que é essencial para desenvolver estratégias eficazes. Informações coletadas sobre incidentes e feedback da comunidade também ajudam a ajustar as operações e priorizar ações. 

JSZN: Como a Superintendência aborda a questão da comunidade e do envolvimento da população nas ações da GCM? 

Inspetor Previato: A Superintendência de Planejamento trabalha de forma integrada com outras superintendências, fornecendo dados e orientações estratégicas que impactam diretamente as ações em campo. Isso permite uma resposta mais eficiente a emergências e uma abordagem proativa na prevenção de crimes, beneficiando diretamente a comunidade local. 

JSZN: Quais iniciativas a Superintendência tem implementado para aprimorar a comunicação interna e externa da GCM? 

Inspetor Previato: Iniciativas incluem a implementação de plataformas digitais para facilitar a comunicação entre os agentes, além de treinamentos para melhorar as habilidades de comunicação dos membros da GCM. A transparência nas ações também é uma prioridade. 

JSZN: Como a Superintendência avalia o impacto de suas ações e projetos no desempenho da Guarda Civil Metropolitana? 

Inspetor Previato: A avaliação é feita através de indicadores de desempenho, como redução de crimes e aumento da satisfação da população. Relatórios periódicos são elaborados para analisar os resultados e ajustar as estratégias conforme necessário. 

JSZN: Há planos ou projetos em desenvolvimento que a Superintendência gostaria de destacar? 

Inspetor Previato: Projetos em desenvolvimento incluem a implementação de um novo sistema de gerenciamento de dados, e a continuidade do fortalecimento das parcerias com as organizações Governamentais, não Governamentais e Sociedade Civil, visando discutir novas estratégias voltadas a Segurança dos Cidadãos, adquirir novas vantagens competitivas e inovações de novos modelos de promover a prevenção e o combate a atos delituosos na Cidade de São Paulo. 

JSZN: Qual é a visão do senhor para o futuro da Guarda Civil Metropolitana em São Paulo e como pretende alcançá-la? 

Inspetor Previato: O Comando Geral da Guarda Civil Metropolitana já adota estratégias futuristas para que a GCM-SP, se consolide cada vez mais na metrópole, tais quais no empoderamento intencionando para uma Instituição cada vez mais forte, autossuficiente e investida de recursos orçamentários suficientes a atender todas as necessidades de investimento na Guarda Civil. Visando alcançarem todos os atendimentos para as políticas públicas voltadas a segurança urbana e dos atendimentos participativos integrados à comunidade e a sociedade civil, seja por meio de tecnologias mais eficiente e próxima dos cidadãos. 

É essencial também a continuidade dos investimentos contínuos em treinamento dos agentes e a promoção contínua da cultura de paz, de transparência e de colaboração. 

  

Coronel Alexandre Lückemeyer Machado Carrion – comandante do CPOR e diretor do Colégio Militar de São Paulo 

JSZN: Qual o papel do CPOR/SP e sua importância para a comunidade? 

Coronel Carrion: O CPOR/SP, com mais de 90 anos de criação, está integrado à comunidade – seja na formação militar de Oficiais da Reserva ou ingresso de jovens no Exército por meio do Serviço Militar Obrigatório, além de ter a participação de seus integrantes em importantes momentos da história do Brasil, como na Revolução de 1932 e na Segunda Guerra Mundial, na Itália. 

Com mais de 20 mil Oficiais da Reserva formados nestas nove décadas de existência, o CPOR também é um importante instrumento na propagação de valores e virtudes do Exército na sociedade. Os egressos da “Escola de Líderes”, ao deixarem o Exército, levam consigo o que aprenderam na instituição, como honestidade, ética e patriotismo. 

JSZN: Princípios como Valores, Deveres e Ética são as principais características do Exército. Como o Sr. analisa a atual conduta do jovem brasileiro? 

Coronel Carrion: No CPOR e no Colégio Militar trabalhamos o seguinte trinômio: aluno, escola e família. Acredito que o jovem brasileiro é reflexo dessa engrenagem, que deve funcionar harmonicamente. Quando um destes pilares falha, a formação do cidadão fica comprometida também. Então o Exército, na área da educação, acredita na meritocracia do aluno, na educação de qualidade e no comprometimento da família com o processo de aprendizado. Esse modelo tem trazido resultados positivos. 

JSZN: Qual mensagem o Sr. deixa para os alunos do CPOR/SP? 

Coronel Carrion: Que a disciplina, cultivada e aprimorada ao longo do processo de formação no CPOR/SP, seja a força motriz que os impulsione a transformar seus sonhos em realidade. Lembrem-se de que o sucesso profissional não se mede apenas por conquistas individuais, mas também pelo impacto positivo que vocês podem ter na vida dos outros. Honrem sempre as famílias que formarem, cultivando valores como respeito, responsabilidade e solidariedade. Que a ética seja a bússola que orienta suas decisões, guiando-os a serem cidadãos íntegros e comprometidos com o bem-estar da sociedade. Assim, vocês não apenas construirão um futuro promissor para si mesmos, mas também contribuirão para o fortalecimento de um Brasil mais justo e igualitário. 

JSZN: Como a população pode contribuir com o CPOR/SP? 

Coronel Carrion: A população é bem-vinda a participar das nossas atividades, já que muitas delas são abertas ao público. São formaturas, seminários e outros eventos que servem para aprofundar o senso de patriotismo e o conhecimento sobre a história militar do Brasil. Também podem participar de ações sociais, como a deste ano, em que arrecadamos 10 toneladas de alimentos às vítimas da tragédia no Rio Grande do Sul. Também podem contribuir prestigiando o trabalho das Forças Armadas, inclusive digitalmente, acompanhando as nossas redes sociais e conhecendo mais o nosso trabalho. 

JSZN: Cada vez mais existem mulheres que escolhem o Exército como profissão, qual é a sua opinião? 

Coronel Carrion: O Exército Brasileiro, desde o início da década de 1990, tem mulheres em seus quadros. O que tem tornado a carreira cada vez mais atrativa é a variedade de funções que elas podem exercer, não apenas no quadro técnico e complementar, mas também em funções próprias do combate. No CPOR/SP, por exemplo, há administradoras, professoras, enfermeiras, jornalistas, nutricionista, bibliotecária, etc. Além disso, o Exército tem promovido uma cultura mais inclusiva e encorajadora em relação às mulheres – um dos exemplos é que teremos o Serviço Militar Voluntário para jovens do sexo feminino, pela primeira vez, a partir de 2026 e, desde 2017, elas também são aceitas na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), a mais tradicional dentre as escolas de formação do Exército, e que por mais de dois séculos, aceitava apenas homens. 

Entre os benefícios de ser militar do Exército estão o serviço à pátria, uma carreira sólida,  possibilidade de desenvolvimento pessoal, estabilidade financeira e oportunidades de crescimento, baseadas na meritocracia. 

JSZN: Como é a formação de jovens para Exército em uma “Escola de Civismo e Cidadania? 

Coronel Carrion: Nossos jovens são formados para contribuir com o progresso do Brasil, como líderes. São forjados em nobres objetivos, tais como ética, probidade, responsabilidade e comprometimento. Mais do que bons alunos, com ótimo desempenho escolar, queremos formar cidadãos com elevados valores éticos e morais, conscientes de seus direitos e, sobretudo, de seus deveres. 

JSZN: Quais foram os desafios para a implantação do Colégio Militar de São Paulo? 

Coronel Carrion: O projeto de implantação do Colégio Militar de São Paulo (CMSP) nas instalações do Centro de Preparação de Oficiais da Reserva de São Paulo (CPOR/SP), a partir do ano de 2020, teve como principais desafios: na área estrutural, a realização de obras de adaptação das instalações do aquartelamento do CPOR/SP para acomodar crianças e professores; e na área de pessoal, a formação de corpos docente e de agentes de ensino altamente capacitados e multidisciplinares; e do processo seletivo e de matrícula dos primeiros alunos filhos de militares e de civis. 

JSZN: Atualmente, o Sistema Colégio Militar do Brasil abrange um corpo discente de 15 mil jovens. São oferecidas aqui em São Paulo vagas para o Ensino Fundamental e Médio? 

Coronel Carrion: Sim, hoje atendemos cerca de 500 estudantes do 6º ano do Ensino Fundamental ao 1º ano do Ensino Médio. Em 2024 foram disponibilizadas no CMSP 20 vagas, por meio de processo seletivo de admissão. Será o mesmo número em 2025. Essas vagas são para ingresso no 6º ano do Ensino Fundamental. Não há processo seletivo de admissão para o 1º ano do Ensino Médio em São Paulo. 

JSZN: Qual a idade mínima para entrar no Colégio Militar? 

Coronel Carrion: Para entrar no 6º ano do Ensino Fundamental, a criança precisa ter menos de 12 anos em 1º de janeiro de 2025 e mais de 10 anos até 31 de dezembro de 2025. 

JSZN: Quem tem direito a estudar no Colégio Militar? 

Coronel Carrion: De maneira geral e resumida, dependentes de militares do Exército Brasileiro, filhos de integrantes da Marinha ou da FAB ou de Forças Auxiliares, e filhos de civis, aprovados no processo seletivo de admissão, conforme disponibilidade. 

JSZN: O que é preciso para entrar no Colégio Militar? 

Coronel Carrion: Atender aos requisitos previstos em edital e ser classificado dentro das vagas disponíveis no processo de admissão. Para entrar no CMSP, essas crianças são submetidas a um Exame Intelectual composto por 40 questões, sendo 20 de Língua Portuguesa e 20 de Matemática. 

JSZN: O uso de tecnologias deverá ser uma tendência? 

Coronel Carrion: Sim. Com o advento da pandemia, o uso de plataformas digitais como Google Classroom, YouTube Edu, Kahoot e outras se consolidou como uma necessidade para manter o ensino em funcionamento. Mesmo com o retorno às aulas presenciais, essas ferramentas continuaram a ser utilizadas, tornando o processo de ensino mais dinâmico, interativo e atrativo. 

Embora a tecnologia traga inúmeros benefícios, como o aumento da interatividade e da colaboração, é necessário um uso consciente e equilibrado, para evitar dependência excessiva e distrações. Nesse contexto, o papel dos Coordenadores Pedagógicos é crucial para auxiliar professores a gerenciar essas ferramentas, garantindo que elas sejam bem implementadas no ambiente escolar. Assim, o uso da tecnologia na educação não só se consolidou como uma tendência, mas deverá continuar crescendo e evoluindo, desde que seja bem dosado e equilibrado com o ensino presencial. 

JSZN: Qual a diferença entre comandar o Centro de Preparação de Oficias da Reserva do Exército, e de comandar outra Organização Militar? 

Coronel Carrion: Estando atualmente no meu terceiro comando, posso afirmar que estar à frente do Centro de Preparação de Oficiais da Reserva de São Paulo (CPOR/SP) traz desafios e responsabilidades distintas em comparação a outras Organizações Militares. 

Primeiramente, o foco do CPOR/SP é a formação e a capacitação de jovens para se tornarem oficiais da reserva, o que exige uma abordagem pedagógica mais acentuada. Aqui, não estamos apenas treinando soldados, mas moldando líderes. É fundamental desenvolver habilidades de liderança, ética e cidadania, além das competências militares, em contrapartida, comandar uma Organização Militar operacional, a ênfase está em missões específicas e na preparação para o combate. As prioridades se concentram na execução de operações, na manutenção de equipamentos e na disciplina tática. 

JSZN: Existe algum vínculo afetivo entre os ex-alunos do CPOR/SP com esta unidade? 

Coronel Carrion: Com certeza, existe um vínculo afetivo muito forte entre os ex-alunos do CPOR/SP e essa unidade. Para muitos dos ex-alunos, o CPOR foi um marco importante na formação não apenas como militares, mas também como cidadãos. As memórias das aulas, das instruções e das amizades que foram construídas ali permanecem para sempre. 

A vivência dos desafios juntos, as cerimônias, os eventos e até mesmo as dificuldades enfrentadas em equipe criam laços que transcendem o tempo. É um sentimento de pertencimento a uma família, onde cada ex-aluno carrega um pedaço da história do CPOR/SP. Essa conexão é reforçada por reencontros de turma e anualmente através do dia do R/2, em4 de novembro e comemorado em data previamente escolhida no mesmo mês, mostrando que, apesar dos ex-alunos seguirem caminhos diferentes, sempre vão ser membros da nossa escola. 

JSZN: O Sr. entende que o CMSP traz benefícios para a sociedade? Em quais sentidos? 

Coronel Carrion: Tenho a convicção que o CMSP traz inúmeros benefícios à sociedade e listo, a seguir, nos diversos sentidos: 

  1. Educação de Qualidade: o currículo oferecido pelo sistema Colégio Militar integra disciplinas do 6° ano do fundamental ao 3° ano do ensino médio, com um nível de dificuldade elevado, fomentando a busca pelo conhecimento por parte dos alunos, além de contar com uma formação cívico-militar.
  2. Desenvolvimento de Habilidades: promove habilidades essenciais como disciplina, responsabilidade e trabalho em equipe.
  3. Valorização de Valores Cívicos: ensina a importância do dever cívico, ética e moral, formando cidadãos conscientes e engajados, além de fomentar o respeito à autoridade e à ordem, essenciais para a convivência em sociedade.
  4. Integração Social: atrai alunos de diferentes classes sociais, promovendo a inclusão e o convívio entre diversas culturas e realidades, além de envolver os alunos em projetos sociais, fortalecendo laços com a comunidade.
  5. Preparação para o Futuro: prepara os alunos para ingresso em instituições de ensino superior, inclusive nas Forças Armadas.
  6. Promoção da Saúde e Bem-Estar: enfatiza a prática de esportes e atividades físicas, contribuindo para a saúde e o bem-estar dos alunos. A estrutura do colégio ajuda os alunos a desenvolverem uma rotina saudável e produtiva.
  7. Fomento à Educação Moral e Ética: ensina a importância do comprometimento com a sociedade e o serviço ao próximo, além de abordar questões éticas que ajudam os alunos a tomarem decisões corretas na vida pessoal e profissional.

JSZN: Qual a importância das mídias regionais em especial do  jornal Semanário da Zona Norte? 

Coronel Carrion: Assim como qualquer veículo democrático e livre, o Semanário da Zona Norte é uma importante ferramenta em prol da cidadania, que traz, principalmente à comunidade da Zona Norte de São Paulo, informação relevante e de qualidade. Além disso, por ser um veículo de abrangência local, acompanha de maneira mais próxima o trabalho desenvolvido no CPOR e no Colégio Militar de São Paulo. 

 

Coronel PM Carvalho, coordenador  Operacional da Polícia Militar 

JSZN: Quais as atribuições da Coordenadoria? 

Coronel Carvalho: A Coordenadoria Operacional da Polícia Militar (Coord Op PM) possui um papel central e estratégico na coordenação e supervisão das atividades operacionais da Corporação. Suas atribuições são variadas e visam assegurar a eficiência e eficácia no emprego operacional das forças policiais e dos serviços prestados pela Polícia Militar. 

Em primeiro lugar, a Coord Op PM tem a responsabilidade de conhecer a conjuntura do Estado e acompanhar o contexto social, identificando as necessidades de atuação, apoios, e emprego do efetivo da Polícia Militar. Esse monitoramento constante permite uma resposta adequada e oportuna às demandas da sociedade. 

Outro aspecto crucial é a função de coordenar o emprego operacional da instituição subsidiando o Subcomandante PM nas aludidas demandas operacionais. Essa coordenação abrange tanto as unidades operacionais, territoriais, especiais, bem como o Comando de Aviação PM (CAv PM). 

A Coord Op PM também é responsável por supervisionar a execução das operações de polícia ostensiva e de preservação da ordem pública, além dos serviços de bombeiros, alinhando essas ações aos planos do Comando Geral (Cmd G) e coordenando as atividades dos grandes comandos em eventos de grande porte. 

Além disso, propõe medidas para aperfeiçoamento do emprego operacional da Polícia Militar, garantindo a constante evolução e adaptação das práticas policiais, e verifica mensalmente os indicadores criminais e operacionais, determinando as providências necessárias para ajustes e melhorias. 

JSZN: Como ela funciona, na prática? 

Coronel Carvalho: Na prática, a Coordenadoria Operacional da Polícia Militar (Coord Op PM) atua como um núcleo de gerenciamento estratégico e tático das operações diárias da Corporação. Sua função é garantir que todas as ações operacionais estejam alinhadas com as diretrizes do Comando Geral (Cmdo G) e que os recursos humanos e materiais sejam empregados da maneira mais eficaz possível para garantir a segurança pública. 

Aqui está uma visão prática de como a Coord Op funciona: 

  1. Monitoramento contínuo em todo Estado, analisando o contexto social, político e econômico e criminal. Isso inclui acompanhar relatórios, analisar indicadores criminais e ter uma visão antecipada sobre eventos que possam impactar a segurança pública, como manifestações, grandes eventos e crises.
  2. Coordenação do emprego operacional, diretamente com os grandes comandos da Polícia Militar, como os Comandos de Policiamento da Capital (CPC), Comando de Policiamento do Interior (CPI), o Comando de Policiamento de Choque (CPChq), entre outros, para distribuir e ajustar os recursos de maneira eficiente. Isso é efeito em constante diálogo com o Subcomandante PM, que supervisiona e orienta essas decisões.

Na prática, isso pode envolver, por exemplo, reforçar o policiamento em áreas com aumento de crimes ou realocar efetivos para cobrir eventos emergenciais. 

  1. Supervisão das operações e ações de policiamento, acompanhando o desenvolvimento das operações de policiamento ostensivo, garantindo que estejam de acordo com os planos operacionais e as ordens emitidas pelo Cmdo G. Isso significa garantir que o policiamento preventivo e a preservação da ordem pública sejam executados conforme previsto, bem como monitorar a execução das atividades dos bombeiros militares quando necessário.

Essa supervisão é intensificada durante operações de grande porte, como grandes eventos ou operações especiais, onde a Coord Op age de maneira coordenada para centralizar a tomada de decisões e alinhar a atuação dos diferentes comandos envolvidos. 

  1. Acompanhamento de indicadores e análise de desempenho mensal, realizando a análise dos indicadores criminais e operacionais. Com base nesses dados, o coordenador pode determinar providências como o aumento de policiamento em regiões com aumento de criminalidade, mudanças de estratégias operacionais ou até o remanejamento de efetivo para áreas mais necessitadas.
  2. Emprego de tecnologia e inteligência. Na prática, a Coord Op faz uso de sistemas como o COPOM ON-LINE e INFOCRIM, SIOPM, base SPJ, que proporcionam uma visão em tempo real do que está acontecendo nas ruas. Esses sistemas geram dados que são analisados para garantir que o policiamento esteja sendo empregado de maneira eficiente e de acordo com os objetivos estabelecidos. Relatórios são produzidos com base nesses dados para ajustes operacionais semanais.
  3. Coordenação de grandes eventos e crises quando ocorrem eventos de grande vulto ou situações de crise (por exemplo, desastres naturais, protestos ou grandes eventos esportivos), a Coord Op assume um papel central de coordenação intercomandos. Ela centraliza as informações, organiza os recursos necessários (efetivo, viaturas, helicópteros, etc.), e ajusta o planejamento conforme a evolução dos eventos.
  4. Propostas de melhorias operacionais a Coord Op PM também atua de forma proativa, propondo medidas para o aperfeiçoamento das operações. Isso pode incluir mudanças táticas, implementação de novas tecnologias ou métodos, treinamentos específicos ou realinhamento de estratégias com base nos resultados operacionais obtidos.
  5. Gestão e controle do uso de aeronaves sendo responsável por deliberar sobre o emprego de aeronaves da Corporação nas Operações Policias Militares, especialmente em eventos planejados. Isso envolve planejar com antecedência a melhor utilização desses recursos para maximizar seu impacto em operações de grande porte, como escoltas, monitoramento aéreo de eventos e apoio a operações em áreas de difícil acesso.
  6. Comunicação constante com o Subcomandante da PM, onde todas as decisões operacionais e relatórios são compartilhados, garantindo um fluxo contínuo de informações e a alinhamento estratégico entre as diferentes esferas de comando.

Em resumo, a Coord Op na prática é o elo que assegura que todas as unidades operacionais da Polícia Militar estejam trabalhando em sincronia, otimizando recursos e estratégias para garantir que a atuação da Corporação seja eficaz, rápida e adequada às necessidades da população. É um órgão que alia planejamento estratégico, supervisão operacional e tecnologia para garantir a segurança pública. 

JSZN: Como se deu a evolução da CoordOp ao longo do tempo? 

Coronel Carvalho: A evolução da Coordenadoria Operacional (CoordOp) da Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMESP) reflete um processo contínuo de adaptação às crescentes demandas operacionais, logísticas, aliadas ao recomplentamento de efetivo aliado ao problema se recursos humanos disponíveis  e tecnológicas enfrentadas pela instituição  ao longo das últimas décadas. Sua trajetória é marcada pela necessidade de coordenação centralizada das ações operacionais, que foram se tornando cada vez mais complexas e especializadas, à medida que o papel da polícia militar em uma sociedade urbanizada e diversa se expandiu. 

A formalização da CoordOp ocorreu em 1999, através do Decreto 44.447, que estabeleceu a função de Coordenador Operacional. Este cargo foi criado para suprir a demanda crescente por uma gestão eficiente das operações da PMESP, que, até então, eram acumuladas pelo Subcomandante PM. A figura do Coordenador Operacional emergiu com a função de coordenar a execução da política operacional definida pelo Comando Geral, garantindo que as ações fossem implementadas de maneira alinhada e eficiente em todo o território do estado. Ao longo do tempo, a CoordOp se consolidou como uma estrutura essencial dentro do Estado-Maior Especial, ganhando precedência funcional sobre outras divisões dentro do âmbito das operações. 

Nos primeiros anos de sua existência, a CoordOp passou por um processo de consolidação administrativa e operacional. Em 2001, foi instituída formalmente a estrutura da Coordenação Operacional por meio da Portaria PM3-9/01/01, que organizou sua equipe e recursos humanos. Essa nova estrutura permitiu que a CoordOp desempenhasse um papel ainda mais relevante no planejamento, execução e controle das atividades operacionais da PMESP. Sua atuação passou a abranger não apenas a coordenação imediata das operações, mas também a gestão de recursos humanos e materiais, estabelecendo diretrizes para o uso racional e estratégico das forças policiais em situações de grande escala. 

A expansão das atribuições da CoordOp ao longo do tempo é visível em eventos marcantes da história recente da corporação. A partir de 2014, com a instituição do brasão de armas através da Portaria PM4-6/2.1/14, a CoordOp passou a integrar operações em conjunto com o Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), órgão responsável pela coordenação de grandes eventos e operações integradas em situações críticas, como eventos de grande porte e ocorrências de emergências. O papel da CoordOp foi especialmente crucial durante grandes eventos internacionais, como a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, nos quais o Estado de São Paulo desempenhou funções estratégicas de segurança pública. 

Outro marco na evolução da CoordOp foi a sua integração com o Centro de Operações da Polícia Militar (COPOM) em 2016, formalizada pelo Decreto 62.103. Essa integração trouxe maior eficiência à gestão de chamadas de emergência, ao monitoramento das operações de rua e ao despacho de viaturas, aumentando a capacidade de resposta da PMESP em tempo real. O desenvolvimento de tecnologias de monitoramento e o uso de ferramentas de análise de dados permitiram à CoordOp ampliar sua capacidade de controlar e coordenar as atividades policiais em um ambiente operacional cada vez mais dinâmico e exigente. 

A modernização da CoordOp também refletiu a evolução tecnológica da própria corporação. Com um efetivo de mais de 80 mil policiais militares, a PMESP ampliou significativamente sua infraestrutura de viaturas, aeronaves e sistemas de monitoramento, exigindo da CoordOp uma gestão cada vez mais complexa e sofisticada. Nesse contexto, o papel da CoordOp evoluiu para além da simples coordenação de operações de campo, englobando a otimização do uso de recursos humanos e materiais, a análise de dados operacionais e o planejamento estratégico de longo prazo. 

Em suma, a CoordOp tem se mostrado uma estrutura vital dentro da PMESP, cuja evolução acompanha as transformações da segurança pública em São Paulo. Desde sua criação, a CoordOp tem ampliado seu escopo e sua capacidade de resposta, passando de uma função puramente operacional para uma coordenadoria estratégica e integrada, voltada para a modernização e eficiência das operações policiais. Esse processo reflete não apenas a evolução da polícia militar, mas também a adaptação contínua às demandas de uma sociedade em constante mudança, com desafios cada vez maiores na preservação da ordem pública e na segurança da população. 

JSZN: Qual a importância do CoordOp para a sociedade? 

Coronel Carvalho: A CoordOp (Coordenadoria Operacional) é de extrema importância para a sociedade, quando se trata de segurança pública. Sua relevância se dá pelos seguintes fatores: 

Coordenação de Ações Policiais: A Coord Op PM otimiza a alocação de recursos e viaturas, garantindo uma resposta mais rápida e eficiente às emergências, o que melhora a segurança da população. 

Gestão de Crises: Em situações de grande risco, como desastres, rebeliões ou grandes eventos, a Coord Op PM centraliza a gestão, permitindo uma atuação integrada e organizada das forças de segurança. 

Prevenção e Controle da Ordem Pública: Ao coordenar operações preventivas e reativas, a Coord Op PM contribui para a prevenção de crimes e a manutenção da ordem, protegendo diretamente os cidadãos. 

Essas funções tornam a Coord Op PM essencial para a eficiência das operações policiais e, consequentemente, para a tranquilidade e segurança da sociedade. 

 

 

JSZN: Diante da complexidade do Estado, a PM se organizou em vários Comandos Operacionais, inclusive especializados. Qual a importância da Coordenadoria nesse contexto? 

Coronel Carvalho: A Coordenadoria Operacional (CoordOp) da Polícia Militar do Estado de São Paulo desempenha um papel fundamental na estrutura organizacional da corporação, especialmente diante da complexidade e da diversidade das demandas de segurança pública. Em um contexto em que a criminalidade e os desafios sociais se diversificam, a CoordOp se destaca como um elo de integração entre os vários Comandos Operacionais, promovendo a sinergia entre as forças policiais regionais e especializadas. Essa articulação é essencial para garantir uma resposta mais eficaz e coordenada às situações que demandam intervenções rápidas e bem-orquestradas. 

Uma das principais funções da CoordOp é a supervisão das operações policiais sob seu Comando. Essa supervisão permite que a coordenação central se ajuste rapidamente às dinâmicas do cenário operacional, identificando necessidades específicas de apoio ou reforço em regiões onde a criminalidade se intensifica.  

Além disso, a CoordOp assegura que as diretrizes e protocolos da PM sejam seguidos, proporcionando um padrão uniforme de atuação que é crucial para a legitimidade e a eficiência das ações policiais. Com essa abordagem, a CoordOp não apenas controla as operações, mas também promove uma cultura de responsabilidade e transparência dentro da corporação. 

Outro aspecto importante é a alocação estratégica de recursos. A CoordOp, ao ter uma visão ampla das atividades em todo o estado, pode direcionar efetivamente recursos humanos e materiais para áreas que apresentam maior necessidade de policiamento ou para situações emergenciais que exigem a atuação de unidades especializadas. Essa capacidade de adaptação é vital para enfrentar crises e garantir que a Polícia Militar esteja sempre pronta para agir de maneira eficaz, contribuindo para a segurança da população. 

Por fim, a CoordOp se revela indispensável para a construção de uma Polícia Militar mais proativa e preventiva. Ao promover a interação entre os diferentes comandos, facilita o compartilhamento de informações e experiências, permitindo um aprendizado contínuo e a implementação de boas práticas. Dessa forma, a CoordOp não apenas fortalece a atuação da Polícia Militar em situações de emergência, mas também contribui para uma abordagem mais integrada e humanizada da segurança pública, promovendo a confiança da sociedade nas forças policiais. 

JSZN: O COPOM se transformou em uma Unidade multifacetada, com a presença de outros órgãos públicos. Como funciona essa articulação e qual a sua importância na dinâmica da segurança pública? 

Coronel Carvalho: A criação do Centro de Operações da Polícia Militar (COPOM) na nova sede, inaugurada em julho de 2016, marca um passo significativo na modernização da segurança pública em São Paulo. Subordinado à Coordenadoria de Operações da PM, o COPOM é responsável pelo gerenciamento das atividades de atendimento a chamadas de emergência, despachos de viaturas e videomonitoramento. Sua atuação é vital em um contexto urbano complexo, onde a agilidade na resposta a incidentes é crucial para a segurança da população. O COPOM, que na verdade é uma unidade centenária com início em 1910, evoluiu para atender às demandas contemporâneas, incorporando tecnologia e integração interinstitucional. 

O novo edifício do COPOM foi projetado para permitir uma articulação efetiva com órgãos como Metrô, CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e SPTrans. Essa integração possibilita o planejamento, a coordenação e o acompanhamento de atividades conjuntas, o que se traduz em uma resposta mais eficiente às ocorrências. O sistema "Olho de Águia", que fornece acesso em tempo real às imagens captadas por câmeras de helicópteros e motocicletas da PM, e o telão com mapas georreferenciados, são exemplos de como a tecnologia está sendo empregada para monitorar a dinâmica criminal e otimizar a atuação policial. 

Além disso, o COPOM dispõe de sistemas de gravação de áudio para o atendimento do número de emergência 190 e de despacho por rádio, viabilizando um controle rigoroso e auditoria de qualidade. A infraestrutura inclui uma rede de dados dedicada à recepção e transmissão de imagens com outras unidades de operação, como os Centros de Operações de Bombeiros (COBOM) do Estado e diversas centrais de emergência. 

JSZN: Quais são os sistemas de controle que dão suporte ao trabalho da Coordenadoria? 

Coronel Carvalho: A Coord Op PM tem como papel ser o administrador do Sistema e Informações Operacionais da Polícia Militar, que traz todos os dados de atendimento Operacional da PMESP, e gerenciamento inteligente se traduz em resposta rápida e coordenada às demandas da segurança pública, o que é fundamental para um ambiente mais seguro a população paulista. 

JSZN: Quais são ou foram as principais operações planejadas e coordenadas? Quais os principais desafios, nelas? 

Coronel Carvalho: A Operação Impacto no Estado, o Policiamento nas Operações Eleições (Federais, Estaduais, Municipais), operação liberdade, operação carnaval, operação adaga, operaçao dignidade ( espaços abertos de uso - cracolândia, grandes shows, grandes jogos operação força total, operacao escudo, operacao impacto,  Fórmula 1, Operação Verão, Inverno, Fórmula 1, NFL, Operação Romeiros, além da conjugação de ativos operacionais para as milhares de outras operações que ocorrem cotidianamente no Estado de São Paulo. 

O principal desafio nas operações da Coordenadoria de Operações da Polícia Militar (Coord Op PM) é garantir a correta integração entre as diversas modalidades de policiamento empregadas, além da articulação com os órgãos que atuam na segurança pública de maneira integrada e harmônica. 

A sinergia entre as diferentes forças de segurança é essencial para enfrentar as complexidades do cenário atual, promovendo uma atuação mais coordenada e, consequentemente, mais eficiente na preservação da ordem pública e na proteção da sociedade. 

JSZN: A Coordenadoria é essencial, atualmente, para atender o dinamismo que o policiamento exige? 

Coronel Carvalho: A Coordenadoria de Operacional da Polícia Militar (Coord Op PM) desempenha um papel crucial para atender ao dinamismo que o policiamento exige na sociedade contemporânea. Sua importância reside na capacidade de articular e integrar as diversas modalidades de policiamento, assegurando uma resposta rápida e eficaz às situações de emergência. Em um contexto em que a criminalidade se apresenta em constante evolução, a Coord Op PM se destaca por sua habilidade em planejar e coordenar operações que envolvem múltiplos órgãos de segurança, permitindo uma atuação conjunta e harmoniosa. 

Cabe salientar que tudo isso, fica facilitado pela política de segurança pública implementada pela gestão do Governador Tarcísio de Freitas,  parametrizada pelo secretário de Segurança Pública Guilherme Derrite e comandada pelo Sr. Cmt G da PM Cel PM Cássio Araújo de Freitas,  os quais harmonizam e possibilitam o controle e redução  histórica dos índices  criminais além do  combate enérgico ao crime organizado, demonstrando assim,  que no Estado de São Paulo não existe domínio do crime. 

JSZN: Qual  a importância das redes sociais, em especial do Semanário da Zona Norte? 

Coronel Carvalho: A divulgação das ações realizadas pela Polícia Militar do Estado de São Paulo, bem como as orientações de segurança para a população afim de que se aumente a sensação e percepção de segurança e o fortalecimento da imagem da PMESP. Essa transparência dos trabalhos realizados pela Coordenadoria de Operações da Polícia Militar (Coord Op PM) no Semanário Zona Norte é de grande importância para fortalecer a relação entre a polícia e a comunidade. Essa transparência permite que os cidadãos fiquem informados sobre as ações, operações e iniciativas que visam garantir a segurança pública, aumentando a confiança da população nas forças de segurança. Ao compartilhar informações sobre as operações bem-sucedidas, a Coord Op PM não apenas celebra os resultados positivos, mas também conscientiza a população sobre os desafios enfrentados e a importância da colaboração entre a comunidade e a polícia. 

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