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Sabado, 24 de Maio de 2025

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Conheça o significado da Páscoa, que será comemorada em 20 de abril

Domingo, 20 de abril, comemoramos a Páscoa

Conheça o significado da Páscoa, que será comemorada em 20 de abril
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A Páscoa surgiu entre os pastores nômades na época pré-mosaica, anterior ao profeta Moisés. Um tempo remoto para nós, era celebrada para festejar a abertura da primavera. Naquela época as pessoas viviam apegadas apenas a pequenos rebanhos e pequenas plantações temporárias. Viajavam de um lugar para o outro sem parar e por isso eram chamadas de nômades. A proximidade da natureza fazia com que as mudanças de estação fossem motivo de festa. A Páscoa entre os hebreus, marca a memória da saída desse povo da escravidão no Egito. Também tornou-se uma data fundamental para os cristãos quando se comemora a ressurreição de Cristo, celebrada no primeiro domingo depois da lua cheia do equinócio de março. Equinócio é a passagem do sol pela linha do Equador quando muda de hemisfério. Essa passagem provoca mudanças climáticas. Aqui no Brasil por exemplo, no sertão nordestino as pessoas rezam pela chegada da chuva. Por isso além do aspecto cultural e religioso, há uma mudança na natureza que podemos sentir, no frescor do vento, na força da chuva. A ideia de que nossas esperanças se renovam em datas festivas carregadas de tantos significados nos deixa mais solidários, alegres e naturalmente buscamos trocar essa alegria. Ovos representam na Páscoa o que pode nascer e vir a ser. Além das toneladas de doce chocolate, devemos adoçar nossas vidas com boas ideias, que possam germinar novas descobertas. Acreditar nessa simples possibilidade já faz da Páscoa um momento super feliz. 

A festa tradicional associa a imagem do coelho, um símbolo de fertilidade, e ovos pintados com cores brilhantes, representando a luz solar, dados como presentes. A origem do símbolo do coelho vem do fato de que os coelhos são notáveis por sua capacidade de reprodução. Como a Páscoa é ressurreição, é renascimento, nada melhor do que coelhos, para simbolizar a fertilidade! O dia da Páscoa é o primeiro domingo depois da lua cheia que ocorre no dia ou depois de 21 março (a data do equinócio). Entretanto, a data da lua cheia não é a real, mas a definida nas Tabelas Eclesiásticas. (A igreja, para obter consistência na data da Páscoa decidiu, no Conselho de Nicea em 325 d.C, definir a Páscoa relacionada a uma Lua imaginária - conhecida como a “lua eclesiástica”). A quarta-feira de cinzas ocorre 46 dias antes da Páscoa, e portanto a terça-feira de carnaval ocorre 47 dias antes da Páscoa. Esse é o período da quaresma, que começa na quarta-feira de cinzas. Com esta definição, a data da Páscoa pode ser determinada sem grande conhecimento astronômico. Mas a sequência de datas varia de ano para ano, sendo no mínimo em 22 de março e no máximo em 24 de abril, transformando a Páscoa numa festa “móvel”. 

O significado da Páscoa 

A Páscoa é uma festa cristã que celebra a ressurreição de Jesus Cristo para lembrar, acima de tudo, o amor que deve ser praticado entre todos os seres humanos. Depois de morrer na cruz, seu corpo foi colocado em um sepulcro, onde ali permaneceu, até sua ressurreição, quando seu espírito e seu corpo foram reunificados. É o dia santo mais importante da religião cristã, quando as pessoas vão às igrejas e participam de cerimônias religiosas. Muitos costumes ligados ao período pascal originam-se dos festivais pagãos da primavera. Outros vêm da celebração do Pessach, ou Passover, a Páscoa judaica. É uma das mais importantes festas do calendário judaico, que é celebrada por 8 dias e comemora o êxodo dos israelitas do Egito durante o reinado do faraó Ramsés II, da escravidão para a liberdade. Um ritual de passagem, assim como a “passagem” de Cristo, da morte para a vida. No português, como em muitas outras línguas, a palavra Páscoa origina-se do hebraico Pessach. Os espanhois chamam a festa de Pascua, os italianos de Pasqua e os franceses de Pâques. A festa tradicional associa a imagem do coelho, um símbolo de fertilidade, e ovos pintados com cores brilhantes, representando a luz solar, dados como presentes. A origem do símbolo do coelho vem do fato de que os coelhos são notáveis por sua capacidade de reprodução. Como a Páscoa é ressurreição, é renascimento, nada melhor do que coelhos, para simbolizar a fertilidade! 

A palavra Páscoa em várias línguas: 

Alemão - Ostern; Basco - Bazko; Búlgaro - Paskha; Catalão - Pasqua; Espanhol - Pascua; Esperanto - Pasko; Finlandês - Pääsiäinen; Francês - Pâques; Friulano - Pasche; Georgiano - Aghdgoma; grego - Páscha; Inglês - Easter; Holnadês - Pasen; Irlandês - Cáisg; Islandês - Paska; italiano - Pasqua; Latim - Pascha ou Festa Paschalia; - Pasen; Norueguês - Påske; Polonês - Wielkanoc; Português - Páscoa; Romeno - Pasti; Russo - (Paskha); Sueco - Påsk; Turco - Paskalya  

A Páscoa no mundo 

Na China, o “Ching-Ming” é uma festividade que ocorre na mesma época da Páscoa, onde são visitados os túmulos dos ancestrais e feitas oferendas, em forma de refeições e doces, para deixá-los satisfeitos com os seus descendentes.  

Na Europa, as origens da Páscoa remontam a bem longe, aos antigos rituais pagãos do início da primavera (que no Hemisfério Norte inicia em março). Nestes lugares, as tradições de Páscoa incluem a decoração de ovos cozidos e as brincadeiras com os ovos de Páscoa como, por exemplo, rolá-los ladeira abaixo, onde será vencedor aquele ovo que rolar mais longe sem quebrar.  

Nos países da Europa Oriental, como Ucrânia, Estônia, Lituânia e Rússia, a tradição mais forte é a decoração de ovos com os quais serão presenteados amigos e parentes. A tradição diz que, se as crianças forem bem comportadas na noite anterior ao domingo de Páscoa e deixarem um boné de tecido num lugar escondido, o coelho deixará doces e ovos coloridos nesses “ninhos”. 

Nos Estados Unidos, a brincadeira mais tradicional ainda é a “caça ao ovo”, onde ovos de chocolate são escondidos pelo quintal ou pela casa para serem descobertos pelas crianças na manhã de Páscoa. Em algumas cidades a “caça ao ovo” é um evento da comunidade e é usada uma praça pública para esconder os ovinhos.  

No Brasil e América Latina, o mais comum é as crianças montarem seus próprios ninhos de Páscoa, sejam de vime, madeira ou papelão, e enchê-los de palha ou papel picado. Os ninhos são deixados para o coelhinho colocar doces e ovinhos na madrugada de Páscoa. A “caça ao ovo” ou “caça ao cestinho” também é utilizada. 

Entre as civilizações antigas 

Historiadores encontraram informações que levam a concluir que uma festa de passagem era comemorada entre povos europeus há milhares de anos. Principalmente na região do Mediterrâneo, algumas sociedades, entre elas a grega, festejavam a passagem do inverno para a primavera, durante o mês de março. Geralmente, esta festa era realizada na primeira lua cheia da época das flores. Entre os povos da antiguidade, o fim do inverno e o começo da primavera era de extrema importância, pois estava ligado a maiores chances de sobrevivência em função do rigoroso inverno que castigava a Europa, dificultando a produção de alimentos. 

Judaísmos 

Segundo a Bíblia (Livro do Êxodo), Deus lançou 10 pragas sobre o Egito. Na última delas (Êxodo cap 12), disse Deus que todos os primogênitos egípcios seriam exterminados (com a passagem do anjo da morte por sobre suas casas), mas os de Israel seriam poupados. Para isso, o povo de Israel deveria imolar um cordeiro, passar o sangue do cordeiro imolado sobre as portas de suas casas, e Deus passaria por elas sem ferir seus primogênitos. Todos os demais primogênitos do Egito foram mortos, do filho do Faraó aos filhos dos prisioneiros. Isso causou intenso clamor dentre o povo egípcio, que culminou com a decisão do Faraó de libertar o povo de Israel, dando início ao Êxodo de Israel para a Terra Prometida. A Bíblia judaica institui a celebração da Páscoa em Êxodo 12, 14: Conservareis a memória daquele dia, celebrando-o como uma festa em honra do Senhor: Fareis isto de geração em geração, pois é uma instituição perpétua . 

Cristianismo 

Segundo o Novo Testamento, Cristo é o sacrifício da Páscoa. Isso pode ser visto como uma profecia de São João Baptista, no Evangelho de São João: “Eis o Cordeiro de Deus, Aquele que tira o pecado do mundo” (João, 1:29) e uma constatação de São Paulo “Purificai-vos do velho fermento, para que sejais massa nova, porque sois pães ázmos, porquanto Cristo, nossa Páscoa, foi imolado.” (1Co 5:7). Na missa, os católicos repetem a frase de João Baptista. Jesus Cristo, desse modo, é tido pelos cristãos como o Cordeiro de Deus que foi imolado para salvação e libertação de todos do pecado. Para isso Deus teria designado sua morte exatamente no dia da Páscoa judaica para criar o paralelo entre a aliança antiga, no sangue do cordeiro imolado, e a nova aliança, no sangue do próprio Jesus imolado. A sequência da liturgia para todos os domingos do Ano Cristão está na dependência da Páscoa, exceto os domingos do Advento, que são sempre quatro domingos antes do Natal, não importando se cai no domingo ou em outro dia da semana. Como, segundo a tradição cristã sustentada no Novo Testamento, Jesus ressuscitou num domingo, surgiu a prática de algumas igrejas se reunirem aos domingos (literalmente, Dia do Senhor), e não aos sábados, como fazem os judeus (sabbath). Esta tradição foi modificada posteriormente por algumas igrejas restauracionistas de inspiração protestante (como a Igreja Adventista do Sétimo Dia) que equivocadamente interpretaram o costume judeu em relação ao sábado fazendo dele um dia exclusivo de adoração. 

 Os símbolos da Páscoa 

As luzes, velas e fogueiras são uma marca das celebrações pascais. Em certos países, os católicos apagam todas as luzes de suas igrejas na Sexta-feira da Paixão. Na véspera da Páscoa, fazem um novo fogo para acender o principal círio pascal e o utilizam para reacender todas as velas da igreja. Então acendem suas próprias velas no grande círio pascal e as levam para casa a fim de utilizá-las em ocasiões especiais. O círio é a grande vela acesa na Aleluia, simbolizando a luz dos povos, em Cristo. Alfa e Ômega nela gravadas querem dizer: “Deus é o princípio e o fim de tudo”. Em muitas partes da Europa Central e Setentrional, é costume acender-se fogueiras no cume dos montes. As pessoas reúnem-se em torno delas e cantam hinos pascais. Ainda temos como símbolos: o cordeiro, que simboliza Cristo, sacrificado em favor do seu rebanho; a cruz, que mistifica todo o significado da Páscoa, na ressurreição e também no sofrimento de Cristo. No Conselho de Nicea em 325 d.C, Constantim decretou a cruz como símbolo oficial do cristianismo. Então não somente um símbolo da Páscoa, mas o símbolo primordial da fé católica; o pão e o vinho, simbolizando a vida eterna, o corpo e o sangue de Jesus, oferecido aos seus discípulos.  

O ovo 

Bem, o ovo também simboliza o nascimento, a vida que retorna. O costume de presentear as pessoas na época da Páscoa com ovos ornamentados e coloridos começou na antiguidade. Eram verdadeiras obras de arte! Os egípcios e persas costumavam tingir ovos com as cores primaveris e os davam a seus amigos. Os persas acreditavam que a Terra saíra de um ovo gigante. Os cristãos primitivos da Mesopotâmia foram os primeiros a usar ovos coloridos na Páscoa. Em alguns países europeus, os ovos são coloridos para representar a alegria da ressurreição. Na Grã-Bretanha, costumava-se escrever mensagens e datas nos ovos dados aos amigos. Na Alemanha, os ovos eram dados às crianças junto de outros presentes na Páscoa. Na Armênia decoravam ovos ocos com retratos de Cristo, da Virgem Maria e de outras imagens religiosas. No século 19, ovos de confeito decorados com uma janela em uma ponta e pequenas cenas dentro eram presentes populares. Mas os ovos ainda não eram comestíveis. Pelo menos como a gente conhece hoje, com todo aquele chocolate. Atualmente, as crianças encontram ovos de chocolate ou “ninhos” cheios de doces nas mesas na manhã de Páscoa. No Brasil, as crianças montam seus próprios “cestinhos de Páscoa”, enchem-no de palha ou papel, esperando o coelhinho deixar os ovinhos durante a madrugada. Nos Estados Unidos e outros países as crianças saem na manhã de Páscoa pela casa ou pelo quintal em busca dos ovinhos escondidos. Em alguns lugares os ovos são escondidos em lugares públicos e as crianças da comunidade são convidadas a encontrá-los, celebrando uma festa comunitária. 

Coelho da Páscoa 

A tradição do coelho da Páscoa foi trazida à América por imigrantes alemães em meados de 1700. O coelhinho visitava as crianças, escondendo os ovos coloridos que elas teriam de encontrar na manhã de Páscoa. Uma outra lenda conta que uma mulher pobre coloriu alguns ovos e os escondeu em um ninho para dá-los a seus filhos como presente de Páscoa. Quando as crianças descobriram o ninho, um grande coelho passou correndo. Espalhou-se então a história de que o coelho é que trouxe os ovos. A mais pura verdade, alguém duvida? No antigo Egito, o coelho simbolizava o nascimento e a nova vida. Alguns povos da Antigüidade o consideravam o símbolo da Lua. É possível que ele se tenha tornado símbolo pascal devido ao fato de a Lua determinar a data da Páscoa. Mas o certo mesmo é que a origem da imagem do coelho na Páscoa está na fertililidade que os coelhos possuem. Geram grandes ninhadas! 

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