As chuvas continuam prejudicando a população em São Paulo. Nesta época, é comum nos depararmos com alagamentos e ruas intransitáveis devido às fortes chuvas.
A situação se repete a cada ano entre os meses de janeiro, fevereiro e março, ruas alagadas e pessoas ilhadas em carros e ônibus. Linhas de trens paradas, deslizamentos e transbordamentos nos dois principais rios que cortam a capital paulista, o Pinheiros e o Tietê.
As enchentes em São Paulo, assim como em outras grandes cidades brasileiras, são históricas e recorrentes. Nas regiões periféricas da cidade a situação é ainda pior, pois nesses locais não há água e esgoto.
Os noticiários são tomados por problemas relacionados com a inundação de casas e ruas, desencadeando uma série de tragédias que, quase sempre, poderia ser evitada.
E o crescimento populacional das grandes metrópoles, aliado a falta de infraestrutura, provoca uma situação lamentável e preocupante que são as áreas de risco à habitação humana.
As áreas de risco são aquelas consideradas impróprias ao assentamento humano por estarem sujeitas a riscos naturais como as chuvas.
De acordo com levantamento realizado pelo Instituto Geológico do governo do estado de São Paulo, cerca de 30% das moradias da região metropolitana de São Paulo estão em áreas de risco.
No Brasil, a Lei nº 6.766, de 19/12/79 proíbe, em seu art. 3º, parágrafo único, que áreas de risco sejam loteadas para fins urbanos.
Apesar dos riscos, a população ainda se arrisca e ocupa esses lugares considerados clandestinos. É cada vez mais comum tragédias envolvendo famílias. A maioria, sem lugar para morar, residem nas encostas e morros sem nenhuma proteção.
A solução seria promover um plano de desocupação dos locais vulneráveis já habitados, além de criar novas áreas de proteção ambiental como parques. Monitorar as áreas de moradia também ajuda a reforçar a fiscalização de ocupações irregulares.