O filósofo francês Jean Paul Sartre dizia que os homens estão condenados à liberdade. Essa liberdade, enquanto um atributo básico do espírito, é o livre-arbítrio que pode ser contextualizado como a capacidade de decidir livremente. Aliás, pensar sobre outra ótica equivaleria crer que os homens são máquinas, sem poder de escolha.
No entanto, se a todos é dado fazer escolhas e agir conforme essas opções, a consequência decorrente dessa liberdade é que cada escolha leva a um determinado resultado. Daí a lição no sentido de que o plantio é facultativo, mas a colheita é obrigatória.
O universo é retributivo e devolve à fonte de ação os seus efeitos. Cabe dizer, quando uma ação é praticada há o desencadeamento de uma ação de retorno que provoca um efeito em direção à fonte daquela ação. É a chamada lei de causa e efeito – ação e reação -explicitada por Jesus ao alertar o apostolo Pedro quando este quis reagir à sua prisão: “Guarde a espada! Pois todos os que empunham a espada, pela espada morrerão.” (Mateus, 26:51-52).
Escolher, portanto, implica numa responsabilidade muito grande porque tem influência direta na qualidade de vida material e espiritual de cada pessoa.
Oportuno lembrar que essa liberdade decorre de outro atributo que é inerente ao ser humano: a razão.
Nesse passo, livre-arbítrio e razão caminham lado a lado. Daí a importância de que as atitudes – e até mesmo os pensamentos - sejam ponderados antes de serem praticadas.
Como tudo no universo está sempre em evolução, se erramos, dentro da bondade e justiça divina, oportunidades de reparação serão ofertadas propiciando, assim, novas possibilidades para o plantio seguro de sementes que propiciarão uma colheita proveitosa.
Aliás, a justiça divina, sem qualquer contexto punitivo, tem caráter pedagógico e misericordiosa, ao oferecer meios e o tempo necessário para que todos possam reparar seus eventuais equívocos.
Como o universo não falha, mas responde com sabedoria, verdade e amor, aceitar as vicissitudes da vida e buscar superá-las, obedecendo às leis universais e o firme propósito de servir ao próximo, caracteriza eficaz alavanca para o progresso.
Assim, ao fazer suas escolhas se lembre da lição transmitida por Chico Xavier ao dizer que muito “embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim”.
Paulo Eduardo de Barros Fonseca
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