Desde os primórdios e em todas as gerações o ser humano tem buscado respostas para as questões intrínsecas ao seu tempo, mas, sobretudo, tenta decifrar a si mesmo e o sentido da sua existência. Questões como: “quem sou?, de onde eu vim? e para onde vou?” permeiam os pensamentos e impulsionam os filósofos.
Agora, nesta geração, isso não é diferente. Nem mesmo o avanço da ciência e da tecnológica, a filosofia ou a religião são capazes de trazer repostas definitivas para indagações como essas.
Tal constatação demonstra que a humanidade ainda precisa entender o verdadeiro sentido da vida que, na maioria das vezes, é visto somente sob a ótica da vida física e material, ou seja, do ponto de vista biológico.
Isso demonstra que a humanidade ainda está na infância espiritual e que as leis divinas não foram compreendidas e, consequentemente, não são praticadas. Se fossem, certamente, viveríamos em um mundo sem guerras e onde as pessoas se reconheceriam como irmãs, independentemente de raça, etnia, gênero, religião etc.
Entretanto, todo ser humano tem potencialidades para se esforçar e modificar a si mesmo e assim começar a decifrar os mistérios existenciais que, na minha convicção, transcendem a finitude da matéria.
A predisposição para um novo despertar ou como disse Sócrates, para se conhecer a si mesmo, viabiliza a reforma íntima que leva o ser humano ao encontro da sua verdadeira essência.
Se a humanidade tivesse esse entendimento e se colocasse à disposição para tanto, certamente o mundo teria um ganho substancial de qualidade, porque prevaleceria o amor e os homens viveriam o paraíso na Terra.
Toda pessoa é responsável pela mudança no mundo!
A poesia a seguir transcrita, que nos foi ofertada pelo jovem amigo Irmão Atanásio, traduz seu sentimento em relação à mudança que faria no mundo se isso lhe fosse permitido, na qual diz:
“Ah, se a mim fosse dado o poder total de tudo mudar eu começaria mudando o mundo e onde houvesse ódio, amor iria levar!
Tudo tem um princípio e desse princípio eu iria começar dando aos que agiram cegamente a luz da Verdade para Jesus não precisarem crucificar.
A eles foi dada a oportunidade de compreensão e regeneração, mas a ambição da riqueza, do orgulho, do poder, gritou mais alto e os homens agiram errado para mais tarde o sofrimento carregar.
Se eu pudesse a tudo mudar...!
Voltaria o tempo há dois mil anos atrás e Jesus estaria de corpo presente entre todos sempre ensinando, dando exemplos de amor, para o nosso próprio bem-estar.
Se eu pudesse a tudo mudar...!
Mudaria os que pensam erradamente. Tiraria de corações embrutecidos o ódio, a violência, a inveja e outras coisas mais, e colocaria em lugar o amor, a paciência, a calma, a compreensão, a amizade.
Se eu pudesse a tudo mudar...!
Não deixaria existir a guerra, a fome, a sede que, por ambição, traz o desespero, o sofrimento humano, a dor.
E mudaria tudo de forma certa, trazendo Jesus novamente na Terra para que aqui vivesse entre todos, mas só que agora com amor, compreensão e eu O ajudaria na Sua nobre missão” (in Brado à Juventude, Se Eu Pudesse a Tudo Mudar, pg. 30/31, 4ª edição, Gráfica Método, São Paulo, 2006).
Enfim, como a mudança começa em cada um de nós é preciso que provoquemos no nosso íntimo o desejo de fazer nossa reforma íntima, melhorando a si mesmo e, a partir dessa mudança, ajudarmos a transformar o mundo em num mundo onde haja mais respeito, igualdade e fraternidade.
Paulo Eduardo de Barros Fonseca
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