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Domingo, 19 de Janeiro de 2025

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Resultado das escolhas

Colunista Paulo Eduardo de Barros Fonseca

Resultado das escolhas
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Em suas reflexões o filósofo francês Jean Paul Sartre concluiu que não há nada que possa eximir o homem da sua condição de ser livre, mas, em contrapartida, da sua condição de responsabilidade diante de seus atos. 

Decorrência dessa afirmação talvez seja outra assertiva que diz que somos o reflexo das nossas escolhas, ou seja, toda escolha vai gerar uma consequência. Sendo assim, somos o resultado do exercício do livre-arbítrio que toda individualidade tem para escolher por qual caminho quer trilhar.  

O filósofo francês Leon Denis, no livro: O problema do Ser, do destino e da dor, 32ª edição, FEB, 2017, disse que a responsabilidade molda a dignidade e a moralidade do homem, porquanto ela vem da consciência que aprova ou censura os nossos atos. a vida é feita de escolhas. 

“Ora, aquele que delibera sobre uma coisa é sempre livre de fazê-la ou não.”. Porque somos livres para agirmos como bem quisermos, pois “se tem a liberdade de pensar, tem a de agir (…) e consequentemente, somos responsáveis pelo bem ou mal que plantarmos. Escolhas acertadas ou equivocadas refletem o grau de consonância que as criaturas têm quanto à Lei de Amor. Elas são os resultados do que cada indivíduo compreendeu e absorveu dessa lei, e pelos atos praticados, os tesouros morais se revelam’. (in O Livro dos Espíritos, questões 861 e 843). 

É possível relacionar, portanto, liberdade e responsabilidade com a elevação moral das pessoas que fica evidente ante suas escolhas, decorrente do desenvolvimento do livre-arbítrio, que acompanha o da inteligência, e acaba por aumentar a responsabilidade dos atos que praticamos. 

Sobre isso, no livro Momentos de Alegria, Joanna de Angelis, revela a necessidade de fazermos “uma avaliação honesta da nossa existência, sem consciência de culpa, sem pieguismo desculpista. Avaliemos se nossos atos, nossas escolhas de agora, serão motivos de sofrimento ou de ventura mais adiante. Vejamos como estamos nos comportando perante o mundo e perante nós mesmos, sob o pretexto de alcançarmos a felicidade. Ser feliz, ou não, também é uma opção que nos é dada diariamente. Resta-nos, apenas, analisarmos objetiva e sinceramente se nossas escolhas são legítimas e justas. Afinal, não há como ser feliz às custas de dores e de angústias alheias. Pois, por certo, mais dia, menos dia, esse tipo de situação ensejará, inevitavelmente, nosso próprio sofrimento. Somos livres para semearmos o que bem nos aprouver, conscientes, no entanto, de que estaremos obrigatória e inafastavelmente vinculados à colheita de seus frutos.”. 

Daí a importância do alerta feito por Saulo de Tarso, o apostolo Paulo, quando disse que tudo me é permitido, mas nem tudo me convém. 

Enfim, é preciso que sempre estejamos alertas, lembrando o ensinamento de que é preciso orar e vigiar, bem como interrogar a consciência antes de fazermos nossas escolhas, mesmo aquelas que consideramos pequenas. 

Assim, antes de tomar qualquer decisão pense, reflita, lembrando que a partir dos nossos pensamentos sempre poderemos mudar nossa postura, nossos atos futuros, mesmo porque, como ensinou Chico Xavier, embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim.  

Paulo Eduardo de Barros Fonseca 

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