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Sabado, 26 de Abril de 2025

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ESG: tem de insistir

Colunista José Renato Nalini

ESG: tem de insistir
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A tríade ESG, em inglês Environmental (Ambiente), Social e Governança, é uma tática utilizada para fazer com que todos pensem na mudança climática. O aquecimento global gerou uma situação de grande perigo para a humanidade. Muitas chuvas num lugar, muita seca no outro. Tudo causado pela insanidade em persistir no uso de combustíveis fósseis.  

Uma empresa, instituição que conseguiu sobreviver à sanha destruidora dos governos, tem os melhores elementos para reagir e tentar impor uma ordem racional e moral ao mundo desgovernado. 

Pensar conjuntamente em proteger a natureza, preocupar-se com os desvalidos e gerir de forma adequada os interesses de todos, seria um remédio eficaz para encarar o desastre. 

É óbvio que os negacionistas recusem valia a essa postura que lhes parece piegas. Os que só pensam no dia de hoje, no dinheiro a curtíssimo prazo e não se interessam pelo futuro de seus próprios descendentes, querem que a estratégia falhe.  

Felizmente, as companhias de capital aberto listadas na Bolsa de Valores do Brasil, a B3, estão hoje mais preocupadas com a transparência na divulgação das informações ESG. As boas práticas precisam ser levadas a sério, como concluiu o estudo “Governança Corporativa e o Mercado de Capitais” do ACI Institute. A pauta surge com frequência maior nos formulários de referência, os documentos que as empresas devem encaminhar à Bolsa.  

O levantamento se baseou nos formulários de 282 companhias abertas até maio de 2023. Além de preocupação maior em dar transparência às ações pró ESG, as empresas tendem a atrelar tais indicadores à remuneração variável de Conselhos de Administração e Executivos Seniores com cargos mais altos.  

É uma demonstração de que se pretende atingir a consciência dos formadores de opinião. Os cargos mais elevados são presumivelmente providos por pessoas de maior cultura e de melhor qualificação profissional. Podem ser indutores da disseminação dessa cultura em outros ambientes.  

A transparência na divulgação daquilo que as empresas fazem é importante fator reputacional. Empresas que não se comportam bem podem causar prejuízo e os responsáveis pelo lucro devem estar atentos a isso. O melhor seria que toda a humanidade tivesse noção do perigo que corre e atuasse no sentido de exigir compostura dos governos e educação ambiental de qualidade, pois o que falta mesmo é compromisso de todos para com a natureza. 

Algo que a ninguém é proibido fazer, é cuidar de um consumo responsável. O excessivo descarte de resíduos sólidos causa danos ao ambiente e evidencia a falta de educação do povo, que não sabe descartar com os cuidados requeridos e faz com que os orçamentos sejam gastos com varrição e coleta de lixo, algo que já não existe em países civilizados. 

Pensar sempre em cuidar do ambiente, de atenuar a desigualdade iníqua existente entre pessoas que têm muito e pessoas que não têm nada e organizar a própria vida, assim como fiscalizar o governo, é dever cívico de patriotas que pensam no futuro de seus descendentes.  

*José Renato Nalini é Reitor da Uniregistral, docente da Pós-graduação da Uninove e Secretário-Executivo de Mudanças Climáticas de São Paulo. 

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