O ser humano é o único ser da Criação provido de inteligência, da palavra e de outras faculdades que o levam ao convívio em sociedade e de ter a oportunidade de adquirir conhecimentos, melhorar seu interior e contribuir para o progresso.
Aristóteles, no século IV a.C., já filosofava que o homem, por ser gregário, é um animal político. A política, enquanto a ciência, arte e virtude do bem comum, por todos deve ser exercitada no sentido de tentar viabilizar o bem-estar da sociedade.
Por nascer e viver naturalmente em sociedade, o homem anseia encontrar na polis todo um conjunto de condições mínimas propícias à sua própria existência. Porque o homem vai à sociedade não só para viver mas para viver bem é que concorre, por seus atos e atitudes, não só para o seu progresso individual material e espiritual mas, também, coletivo do orbe.
Todo homem é um cidadão do mundo.
A sociedade, por ainda não compreender as leis naturais, se rege pelas normas que regulam sua organização.
Do indivíduo espera-se o atendimento do imperativo legal posto, inclusive para que a sociedade possa se aperfeiçoar na medida em que os próprios homens se desenvolvam, sobretudo, moralmente.
Com a compreensão das leis naturais o homem adotará o amor como regra de conduta e a verdadeira fraternidade terá sido compreendida, fazendo-se entre todos, sem dissensões, a verdadeira justiça.
É no ente família, célula mater da sociedade, formador do ser humano nos princípios morais, religiosos, da boa educação e do respeito ao próximo, onde encontramos o solo fértil para o plantio das sementes do exercício pleno da cidadania. No exercício da cidadania, a aplicação da lei do amor resultará na união social que assegurará o bem-estar geral. Daí a necessidade e importância de que cada cidadão desempenhe seu papel na sociedade, agindo como um homem de bem e trabalhando individualmente em prol do coletivo.
Dizia William James, um dos fundadores da psicologia moderna e importante filósofo ligado ao pragmatismo, que o melhor que podemos fazer de nossa vida é consumi-la em alguma coisa de mais duradoura do que a própria vida. A partir de premissas como essa, toda individualidade pode e deve ajudar na edificação de uma nação verdadeiramente forte, onde os princípios morais e éticos sejam sedimentados e norteadores da nossa existência.
A lição exemplificada por Jesus, enquanto expressão da humildade e da caridade, exorta que uns amem aos outros como a si mesmo resumindo os deveres do homem perante a sociedade e Deus.
Esse é o dever basilar de toda pessoa!
Paulo Eduardo de Barros Fonseca
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